Foi durante o período de estudos de biomedicina que Stella Gonçalves Cavalcante, de 26 anos, começou a se sentir triste e sem vontade de viver. “Sempre nutri um sentimento de rejeição. Achava que as pessoas não gostavam de mim e tinha mania de perseguição. Trabalhava muito para não ter tempo de pensar muito em mim”, recorda.

Com o objetivo de se sentir aceita e enturmada, ela decidiu seguir um caminho perigoso: “comecei a namorar e a colocar a pessoa como o sol da minha vida. Fiz ‘amizades de noitada’, sempre estava em alguma balada ou em um barzinho e bebia muito. Fazia tudo isso com o intuito de me sentir aceita. Contudo essas tentativas só faziam crescer ainda mais um buraco dentro de mim. Era como se eu precisasse sempre da aprovação de alguém.”

Mas essas ações não funcionaram. “Estava em uma montanha-russa de sentimentos. Não me satisfazia mais no meu trabalho nem tinha mais vontade de ir lá. Pessoas próximas começaram a observar que tinha algo errado e eu também não conseguia explicar o que era. A situação foi saindo cada vez mais do controle. Minha chefe apontou uma queda de rendimento e perguntou o que estava acontecendo. Foi então que vi que aquilo não era normal.”

Stella já estava cursando pós-graduação quando percebeu que caminhava para um estágio depressivo mais profundo. “Minha maior tortura era ouvir as pessoas perguntando como eu estava e, por isso, eu fingia que sempre estava bem. Na verdade, parecia que eu era um vidro que tinha sido todo quebrado e cujos cacos me machucavam por dentro. Mas ninguém conseguia ver isso.”

Ninguém está livre desse problema
A depressão é uma doença incapacitante que tem atingido um número cada vez maior de profissionais da área da saúde. Uma pesquisa realizada pela Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP), da Universidade de São Paulo (USP), por exemplo, revelou que mais de 40% desses profissionais sofrem de estresse e depressão.

Essa condição tem sido alavancada pela rotina e pelas demandas emocionais e psicológicas somadas aos problemas pessoais.

Entre os sintomas, segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM V, 2013), estão a presença de tristeza, irritabilidade e sensação de vazio seguida de alterações que impactam a vida como um todo.

“Na ciência, hoje, ninguém sabe a real causa da depressão”, cita Stella. “Acreditase que existam gatilhos emocionais para uma desarmonia dos níveis de neurotransmissores, principalmente serotonina e dopamina, que são os responsáveis pelas sensações de felicidade, alegria, etc. Como ninguém sabe exatamente o que causa a depressão, também não é possível saber como curá-la, então, o tratamento é para aliviar os sintomas e para tentar restabelecer os níveis dos neurotransmissores, ou seja, terapia e antidepressivos”, afirma Stella.

Condição espiritual encarada
Stella chegou à Universal há dois anos e cinco meses. “Sempre tive muito preconceito com religião e igrejas.Acreditava que a ciência era a única verdade e isso me bastava. Não suportava ouvir falar da Universal”, relata.

Uma parte da sua família já participava das reuniões da Universal, mas Stella resistia. Até que uma amiga, também cientista, lhe fez um convite. “Na Universal, descobri um Deus que não conhecia. As promessas que eram pregadas e a Palavra que era transmitida eram a esperança de que eu precisava. Logo que cheguei, senti uma melhora drástica”, diz.

Foi durante as reuniões aos domingos que ela entendeu que o vazio que sentia podia ser preenchido pelo Espírito Santo. Ela percebeu que os sintomas físicos eram reflexos de uma dor na alma.

Transformação
Em seis meses, colocando a Palavra de Deus em prática, Stella conta que sentiu uma transformação total em seu interior. Hoje ela entende que a ciência e a Fé caminham juntas.

“Enxergo a ciência como algo que não vemos. Uma prova disso é que mexemos com coisas microscópicas e com teorias muito incertas. E a Fé é imprescindível para aceitar a ciência como verdade. Deus é responsável por tudo o que temos.

Não tenho a menor dúvida disso. Só Alguém Perfeito pode criar algo perfeito. Hoje sei de onde vem minha força e de onde tirar direção, sabedoria e felicidade”, conclui.