O programa social “Escola de Mães” criou uma cartilha com dicas e atividades para ajudar os pais que estão com problemas no relacionamento com os filhos, em meio ao isolamento social – medida de prevenção contra a pandemia do novo coronavírus.

Pesquisa mostra que, nos Estados Unidos, um em cada cinco pais agrediram seus filhos pelo menos uma vez nas últimas semanas, segundo estudo feito por pesquisadores da Universidade de Michigan.

A pesquisa foi realizada por questionário online e levantou que 19% dos pais estão gritando mais com os filhos e 12% agrediram o filho duas vezes ou mais. Os pais relataram na pesquisa que as preocupações financeiras e o isolamento social estão dificultando o relacionamento com o filho.

Neia Dutra, responsável pelo programa social, afirma que esse momento é uma oportunidade para os pais criarem laços com os filhos por intermédio de atividades agradáveis e divertidas.

Por isso, a “Escola de Mães” criou a cartilha com atividades que trabalham a criatividade da criança, receitas para prepararem juntos e dicas de vídeos educativos. Para ter acesso ao material, basta entrar no site: universal.org/sitegodllywood-escola-de-maes/ .

“São dias de ócio em casa e é importante que as crianças não passem o tempo todo no celular, computador ou televisão. Defendemos a participação ativa dos pais na vida dos filhos, pois uma relação entre pais e filhos é construída pela interação entre eles”, explica.

Para a psicoterapeuta Eliana Barbosa, com a alteração da rotina da família pode ocorrer um estresse dentro de casa. As crianças demandam muita atenção e cuidado, e os pais acabam cedendo e deixando-as tempo demais expostas às telas, principalmente celulares e tablets, que são altamente prejudiciais à saúde física – afetando olhos e coluna vertebral -, e também à saúde emocional e mental.

“Para uma melhor convivência nestes dias, os pais devem manter a rotina dos filhos, como o horário para acordar, das refeições e de dormir, além de usar a criatividade para entreter as crianças.  E devem interagir com elas o máximo que puderem. É nessa hora que devemos transformar a crise em oportunidade – e conhecer melhor nossos filhos, compartilhar valores morais e mostrar a eles ações no bem”, avalia.