Como se adaptar aos novos tempos
Pandemia de coronavírus aponta para mudanças na sociedade e nos negócios. Confira dicas de especialistas e histórias de empreendedores que usam a Fé para se fortalecer e se reinventar
Diante da pandemia em curso em todo o mundo, uma coisa é certa: a rotina vai demorar um tempo para voltar a ser como era antes. Por causa de medidas sanitárias para conter a disseminação da doença, as aulas presenciais foram suspensas, o comércio de rua foi interrompido e muitos serviços passaram a ser oferecidos pela internet.
O atual cenário aponta para transformações nos negócios e no trabalho e também para desaceleração da atividade econômica. Mas calma, as crises não duram para sempre. Além disso, a situação atual pode mostrar novas oportunidades. Por isso, a Folha Universal reuniu análises de especialistas e relatos de empreendedores para que você possa enfrentar esse momento com Fé, inteligência e racionalidade.
Adaptação
O consultor do Sebrae-SP Henrique Rafael da Silva Romão explica que as transformações do momento exigem uma avaliação detalhada de todos os negócios. “É necessário que cada empresa faça uma análise particular sobre o desenvolvimento de sua própria atividade.
Muitos empresários estão conseguindo se adaptar de forma rápida e se posicionar diante das novas exigências, mas há atividades que vão sofrer mais, como aquelas que dependem do contato físico.”
Para os setores que não conseguem oferecer seus serviços neste momento, ele sugere buscar alternativas como a renegociação.
“Segmentos de turismo, eventos e recreação podem tentar negociações com clientes e fornecedores, repensar benefícios e oferecer postergação de contratos”, enumera.
Para o economista e consultor de empresas Sergio Dias, o momento atual exige flexibilidade e criatividade. “Esta crise está dividindo as empresas, principalmente as micro e pequenas, em dois grupos: as que têm competência de lidar com situações adversas e usar estratégias criativas para se adaptar e as que não podem ou não conseguem agir eficazmente”, afirma. Ele esclarece que empresas que não podem atuar no cenário de isolamento social precisam avaliar as possibilidades e acompanhar as medidas dos governos.
Ele ainda cita algumas ações que podem ser colocadas em prática por empreendedores. “Empresas de alimentos podem criar um cardápio fixo com algumas opções de entrega ou delivery, para racionalizar custos e maximizar lucros. Pequenos empreendedores podem fazer parcerias para racionalizar as vendas, um pode divulgar o serviço do outro e eles dividem as entregas. Restaurantes ou salões de beleza podem vender vouchers e fazer vendas pré-pagas”, diz.
Criatividade
O casal de empreendedores Tamires e Sanderson Rosolem, (fotos abaixo) donos da La Bella Empada e Sweet, admite que ficou preocupado quando os comércios de rua tiveram que fechar as portas em São Paulo por causa do coronavírus. “Nós vendemos na rua há três anos, temos uma base de clientes fixos e vendas de segunda a sexta-feira. A crise nos pegou de surpresa, mas não nos desesperamos. Decidimos nos manter firmes na Aliança que temos com Deus e deixamos tudo nas mãos dEle”, conta Tamires.
Depois de respirar fundo, os dois decidiram investir na divulgação do delivery dos produtos. Eles também repensaram o cardápio.
“Incluímos mais variedade de doces e criamos mini-kits de festa. Reforçamos mais nossos procedimentos de higiene para fazer tudo de acordo com as autoridades sanitárias”, explica ela.
Para ajudar na divulgação, Sanderson fez fotos dos produtos e gravou um vídeo para explicar aos clientes os novos procedimentos adotados pela empresa. Os bons resultados já estão chegando. “Nós nos reinventamos e conseguimos mais clientes. Também estamos fazendo entregas em empresas que não podem parar. Graças a Deus estamos vendendo até mais do que antes”, comemora.
Tamires destaca a importância da Fé nesse momento: “Deus nos capacita e nos dá forças para passar por esse deserto. Participamos de reuniões da Universal pela internet e fazemos em casa tudo o que é feito na reunião.”
Oportunidade
Dona da empresa AlphaÔmega Traduções, a empreendedora Sueli Benvenuto (foto abaixo) conta que adaptou seu negócio ao cenário atual. Ela adotou as medidas recomendadas pelas autoridades sanitárias, como trabalho home office e revezamento de equipes para evitar aglomerações no escritório. “As traduções escritas e juramentadas continuam sendo solicitadas. Já a tradução simultânea foi afetada pelo cancelamento de eventos, mas eu não me deixo levar por isso. Eu vivo de Fé em Fé e tenho a certeza de que as coisas vão melhorar. Não há mal que dure para sempre”, diz.
Com mais tempo em casa, ela conta que decidiu exercitar um antigo hobby, a costura, e fazer máscaras de pano. “Comecei a fazer máscaras para a minha irmã como uma barreira física de proteção, pois ela trabalha com atendimento ao público em um hospital. Depois, outras pessoas começaram a fazer encomendas”, diz.
Sueli destaca, entretanto, que suas máscaras não são cirúrgicas. “Fiz máscaras com estampas para descontrair um pouco diante da situação que estamos vivendo e muitas pessoas gostaram da ideia. As máscaras não evitam o vírus, elas são apenas uma barreira física. A pessoa precisa seguir as medidas de higiene, como lavar as mãos e manter distância de outras pessoas”, adverte.
A empresária conta que já fez cerca de 300 máscaras e recebeu vários pedidos. Por isso, ela criou um perfil no Instagram e um panfleto para explicar os cuidados que devem ser tomados com o acessório artesanal para evitar riscos. “No futuro, penso em abrir uma fábrica de máscaras cirúrgicas, percebi que faltam no mercado.”
Além de se dividir entre a administração de sua empresa e a produção de máscaras artesanais, ela conta que tem usado esse período para fortalecer a própria Fé. “Estou evitando o excesso de notícias e me apeguei à Palavra de Deus. Eu sei que Ele não vai nos desamparar. Sou muito otimista em tudo o que faço e acho que as mudanças trazem oportunidades. Procuro manter o foco, pois há muitas pessoas que dependem do meu trabalho”, conclui.
Supermercado
O casal Táitila e Vanderlei Rodrigues (foto abaixo) é dono do Nº 1 Supermercado, em Goiás, na região do entorno de Brasília. Eles contam que as primeiras semanas de março foram complicadas por causa da demanda de consumidores e do aumento de preços de alguns produtos.
“Houve uma procura muito grande no início, muitos consumidores queriam estocar mercadorias e isso gerou preocupação em relação ao reabastecimento, mas agora a situação se normalizou. Alguns produtos estão mais caros e estamos tentando diminuir as margens de lucro para não repassar tudo ao consumidor”, explica Vanderlei.
O casal também adaptou suas duas lojas às novas exigências sanitárias. “Instalamos um lavatório na entrada delas para que as pessoas lavem as mãos, além de oferecer álcool em gel. Também fizemos demarcações no piso para que as pessoas mantenham distância uma das outras nas filas”, detalha ele.
Vanderlei diz que a Fé é uma grande aliada na gestão da empresa. “No atual cenário, nós estamos renovando nossa Fé diariamente, participamos das reuniões on-line da Universal e cremos que Deus está no controle de tudo. Precisamos estar prontos para passar confiança aos colaboradores e aos clientes.”
Táitila também destaca a importância da Fé: “a Fé nos deixa mais confiantes e seguros e estamos conseguindo passar isso para outras pessoas. A reunião do Congresso para o Sucesso está fazendo muita diferença em nossa vida, com palavras demotivação e otimismo.”
Ressignificar
Luciana Sensini, proprietária da clínica estética Fisioforma, explica que sua empresa está seguindo as recomendações das autoridades. “Neste primeiro momento, a medida foi dar férias coletivas para os colaboradores. Nossa equipe médica e nutricional continua prestando atendimento e suporte on-line e estamos mantendo a liderança em constante treinamento e aprimoramento.”
Ela também revela que a equipe já está criando novos produtos, que serão lançados assim que os atendimentos forem retomados. “Esse é um momento para ressignificar os negócios e lançar um novo olhar sobre as situações já conhecidas, para mudar o curso dos acontecimentos, nos preparando para a nova realidade de mercado que está por vir”, avalia. Por enquanto, a clínica está fazendo lives em redes sociais com a equipe de médicos, biomédicos, fisioterapeutas e nutricionistas. “Estamos preocupados em levar às pessoas, através das lives, informações atuais, elucidativas, verdadeiras e apolíticas, para que, em confinamento, elas não percam sua saúde física e mental.”
A Fé é vital
Durante uma reunião do Congresso para o Sucesso, o Bispo Allan Sena defendeu que “se você quer resolver o seu desafio, procure o Altar.”
Apesar do cenário atual, ele destacou que a Bíblia aponta que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus (Romanos 8.28). O Bispo ainda deu três dicas para enfrentar melhor essa fase. A primeira delas é: entregue a situação nas mãos de Deus e confie. A segunda sugestão é que as pessoas mantenham a mente voltada para Deus. “Enquanto você ficar vivendo em função dos problemas, você não terá paz para dormir nem para raciocinar”, avaliou. A última dica é tenha uma Fé viva. Segundo o Bispo, a Fé precisa ser fortalecida todos os dias. E ler a Palavra de Deus é a melhor maneira de alimentar a Fé e manter os pensamentos firmados nas coisas do Alto.