“Eu passava a faca na língua pensando em acabar com tudo”

Drogas, depressão e pensamentos de morte faziam parte do cenário de vida de Diego da Silva

Imagem de capa - “Eu passava a faca na língua pensando em acabar com tudo”

Diego Alves da Silva, (foto abaixo) de 25 anos, se envolveu com o mundo dos vícios aos 16 anos. Foi uma tentativa de fugir dos conflitos internos ocasionados por problemas familiares e pelo sentimento de rejeição. “Brigava constantemente com meus pais, tratava-os mal, colocava neles a culpa por minhas frustrações. Então me envolvi com más companhias e conheci as drogas e a masturbação”, diz.

A situação de Diego piorou quando seus pais se divorciaram. Ele não entendia a situação e isso o fazia se sentir mais rejeitado. Por isso, mergulhava nas drogas. “Eu era tipo ‘total flex’, como chamam as pessoas que usam de tudo. Comecei a ficar noites fora de casa, fumando maconha, pois não conseguia ficar sem ela. O cigarro e as bebidas alcoólicas também faziam parte dos meus dias e o uso era intenso, ainda mais para um adolescente.”

Certo tempo depois, Diego conheceu a cocaína. Então, sua vida declinou. “A destruição começou a ser maior ainda. Comecei a roubar para sustentar o vício. A primeira coisa que fazia ao acordar era consumi-la. Cheguei a tentar matar meu pai colocando cocaína na água dele para pegar todo o dinheiro dele”, recorda.

Diego vivia de aparência.Para muitas pessoas, ele era feliz, mas, na verdade, sentia um grande vazio interno. “Vivia uma vida de mentira, com vícios, roubos e prostituição. Depois de passar a noite fora de casa, eu voltava transtornado e nem queria ver a luz do dia. Sentia vergonha de mim mesmo. Ouvia vozes que me diziam que eu não prestava e que deveria me matar.”

Apesar de nunca ter tentado o suicídio, a morte para Diego parecia ser a solução para os problemas. “Tinha vários pensamentos sobre formas de me matar. Eu passava a faca na língua pensando em acabar com tudo, mas nunca consegui concluir o ato. Algo me levava a pensar que eu não podia fazer aquilo”, lembra.

Diego conta que o fundo de poço foi quando notou que estava sozinho no mundo obscuro das drogas. “Me olhei no espelho e não me reconheci. Meu nariz estava cheio de cocaína e minha família me odiava. Eu não tinha mais nada nem ninguém.”

Apesar de Diego não saber, sua mãe fazia orações e propósitos na Universal, buscando pela mudança dele. Até que, certo dia, após sofrer um grave acidente, Diego foi submetido a uma cirurgia e quase morreu. “Por causa da anestesia, tive uma parada cardíaca em virtude de drogas e álcool que estavam no meu organismo. Eu ia morrer, mas na mesa de cirurgia pedi perdão a Deus e disse que se Ele me trouxesse de volta eu Lhe entregaria minha vida.”

Depois da alta médica, Diego começou a frequentar a Universal diariamente e decidiu entregar sua vida a Deus. Hoje ele está livre dos vícios, dos traumas e da depressão. “Deus me deu uma nova vida, uma nova chance. Ele reuniu minha família novamente e fez por mim o que eu nunca imaginei antes. Não há palavras que descrevam a Sua beleza.”

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Colaborador

Camila Teodoro / Fotos: cedidas