Cloroquina: confira o que especialistas têm a dizer sobre o tema

Durante o programa "Entrelinhas", foi abordado o uso do medicamento em pacientes com COVID-19. Confira

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O uso dos medicamentos cloroquina e hidroxicloroquina têm sido amplamente discutido nos últimos dias. Os fármacos já demonstravam eficácia no tratamento contra malária, lúpus e artrite reumatoide, por exemplo. Mas, agora, há a possibilidade também do uso no combate à COVID-19.

Contudo, em nota publicada na sexta-feira última, dia 22 de maio, o Conselho Nacional de Saúde (CNS) pediu a suspensão das orientações do Ministério da Saúde sobre a recomendação do uso desses medicamentos para casos leves da COVID-19. De acordo com o órgão, não há eficácia comprovada para a prevenção contra o novo coronavírus ou tratamento da doença provocada por ele.

Esclarecendo os fatos

Diante de tantas incertezas, o programa Entrelinhas deste domingo último (24), apresentado pelo Bispo Renato Cardoso, ao lado do Bispo Adilson Silva, trouxe fatos sobre o uso do medicamento no Brasil.

Logo no início, o Bispo Renato fez um alerta importante: “O nosso objetivo é informar o público. Nós não estamos recomendando o uso do remédio, pois não somos médicos. O que estamos fazendo é trazer a você o direito à informação”.

Remédio tradicional

O Bispo Adilson Silva também acrescentou que um tópico importante sobre o assunto é que o remédio não deve ser tratado como uma novidade, pela mídia, na área médica.

“Se estivéssemos falando de um remédio que está sendo estudado, que acabou de ser descoberto e ainda precisa de estudos científicos para saber se não traz perigo para a saúde da pessoa, mas não. É algo que já vem sendo usado para outras doenças”, disse o Bispo Adilson.

Dados positivos

O programa também contou com a participação do virologista e professor do Departamento de Microbiologia da Universidade de São Paulo (USP), Paolo Zanotto. Por chamada de vídeo, ele explicou, em detalhes, o motivo de ser a favor do uso da cloroquina no tratamento de pacientes com COVID-19.

De acordo com Paolo, é totalmente incompreensível como uma molécula que tem uma interação com a imunidade milenar e é usada há tanto tempo por milhões de pessoas, de repente, torna-se um “remédio fascista”.

“Tem um artigo que mostra que a grande parte dos estudos que estão sendo alardeados pela imprensa é feita na fase tardia da doença, quando os antivirais não têm mais um efeito eficiente”, ressaltou Paolo.

O médico e diretor técnico do Hospital de Floriano, no estado do Piauí, também participou do debate. Neste hospital, o uso da cloroquina tem obtido resultados positivos. Segundo o especialista, para que isso fosse implantando, eles receberam as orientações de uma médica que participou do enfrentamento nos hospitais em Madri, capital da Espanha. Os profissionais usam a medicação nas primeiras 48 horas dos sintomas da doença, onde acontece a replicação viral. Por isso, o método é bem-sucedido.

Pacientes contam experiências

Ainda durante a programação, pacientes também relataram suas experiências com o uso do fármaco contra a COVID-19.

Assista ao programa Entrelinhas na íntegra e saiba mais:

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Colaborador

Redação / Foto: Reprodução