Acidentes domésticos são frequentes e podem ser fatais
Como se prevenir e quais são os cuidados ao socorrer as vítimas
Os acidentes domésticos são hoje a principal causa de morte de crianças de um a 14 anos no Brasil. Anualmente, mais de 3,6 mil crianças nessa faixa etária morrem e outras 111 mil são hospitalizadas, de acordo com a organização não governamental (ONG) Criança Segura.
Para Moisés Gomes, de 55 anos, bombeiro e diretor da Escola de Bombeiros Civis do Estado de São Paulo, além de ficarmos atentos ao que pode causar acidentes domésticos e nos prevenirmos para que não ocorram (veja quadro ao lado), é preciso saber como proceder na hora de prestar socorro às vítimas. “No Brasil, não temos uma cultura de primeiros socorros. O ideal é que isso fizesse parte do currículo das escolas. Como as pessoas não têm esse conhecimento, elas podem agravar uma lesão sofrida durante um acidente ao tentar socorrer alguém. Se não souber como proceder, não mexa na vítima, chame o socorro”, alerta.
De acordo com o especialista, os traumas físicos são os campeões entre os acidentes. “Quando o idoso sofrer uma queda, não o coloque imediatamente de pé. Se ele tiver sofrido uma fissura no fêmur e você fizê-lo se mexer, ele pode acabar tendo um desprendimento de gordura, o que pode causar uma embolia pulmonar. Com as crianças é preciso ter cuidado redobrado, mesmo depois de atendidas. Se o médico disser que a criança deve ficar em observação em casa, não aceite, pois não há como ficar monitorando seus sinais vitais. Se ela estiver com uma hemorragia interna, por exemplo, o problema pode ser fatal”, adverte.