Aplicativo que muda gênero: brincadeira inocente?

FaceApp é acusado de fazer ideologia de gênero e roubar dados

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Nos últimos dias, o aplicativo russo FaceApp voltou a fazer sucesso nas redes sociais. Milhões de pessoas utilizaram o app para saber “como seria se fosse de outro gênero”. Praticamente nenhum desses usuários, porém, leu os “termos e condições de uso”.

Apesar de não ser claro, o texto afirma que o usuário do app concede à empresa russa Wireless Lab (dona do aplicativo) os direitos de suas imagens. A partir de então, a empresa pode coletar dados, como fotos, histórico na internet e informações nas redes sociais, e enviar para outros países.

O usuário também permite que a Wireless Lab utilize suas imagens para fazer publicidade gratuitamente.

Tudo isso fez com que o app fosse investigado pela polícia federal dos Estados Unidos (o FBI) em 2019. Ademais, a Apple e o Google chegaram a pagar multas no Procon. As acusações envolviam até racismo, pois o app “embranquecia” fotos de usuários.

Embora pareça um app “inocente”, os dados dos usuários valem milhões. Clique aqui e saiba mais sobre o assunto.

Pregando a ideologia de gênero

Outro perigo apontado é o uso da imagem dos usuários para a propagação da ideologia de gênero. A psicóloga cristã Marisa Lobo, autora dos livros “A Ideologia de Gênero na Educação” e “Famílias em Perigo”, publicou artigo no site Guia-Me falando sobre o assunto:

“E não, não é uma brincadeira ingênua e sim uma engenharia social sem nenhuma graça”.

De acordo com ela, “ao postar, VOCÊ fez caminhar a agenda de desconstrução da identidade. NÃO é inocente, é uma engenharia social de aceitação da ideologia de gênero”.

A psicóloga ainda afirma que não é exagero dizer que um simples jogo é capaz de despertar desejo e orienta:

“Não façam esse joguinho. Nem sejam usados pelo ativismo. Não percebem que na brincadeira estão minimizando a questão? Estão banalizando a identidade, fazendo VOCÊ achar primeiro uma brincadeira, depois sua curiosidade te leva a ‘brincar’ sendo um idiota útil, para saber como ficaria tendo o sexo oposto. Logo depois vem a diversão e a aceitação”.

As acusações de roubos de dados sofridas pelo russo FaceApp são semelhantes às sofridas pela chinesa Tik Tok. Clique aqui e leia mais sobre elas.

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Colaborador

Redação / Imagem: Reprodução Instagram @Seltonmello