Máscaras caseiras podem ajudar a conter pandemia, diz estudo
Tecidos podem segurar gotículas de saliva que podem conter o vírus, apesar de serem menos eficientes do que máscaras hospitalares
Um artigo publicado no Colégio Americano de Físicos (ACP) aponta que máscaras de pano, ou máscaras feitas em casa, são eficientes contra o espalhamento de gotículas no ar e no ambiente. Mas, sua capacidade de filtrar o novo coronavírus é baixa em comparação às máscaras médicas.
Em um dos experimentos realizados, o tecido convencional conseguiu reter 43% dos vírus em forma aerossol em comparação a 98% das máscaras usadas por profissionais da saúde. Isso não significa, porém, que a proteção caseira seja inútil e deva ser abandonada no uso diário.
Os dados da pesquisa mostram que as máscaras de tecido têm eficácia comprovada contra gotículas de saliva que são geradas ao falar, espirrar, comer ou tossir e que são formas de transmissão do vírus.
“No experimento com vírus, uma camada de toalha de mesa teve 72% de retenção, já uma camiseta conseguiu 51%”, aponta o estudo sobre a eficácia dos tecidos caseiros em relação às gotículas. Os cientistas da pesquisa explicam que os tecidos são diferentes entre si e mais camadas melhoram a eficiência.
A conclusão dos pesquisadores é que, apesar da máscara caseiras não serem totalmente eficaz, pode ajudar na luta contra a COVID-19. “Qualquer vírus que seja retido na máscara deixa de ficar no ar ou em alguma superfície que alguém pode tocar depois”, explica o artigo.
A recomendação feita é de que as máscaras continuem sendo utilizadas, mas, em parceria com uma boa higiene das mãos e o distanciamento social. “Sugerimos que o possível benefício de uma redução modesta de espalhar o vírus supera os contrapontos”, diz o estudo ao explicar que qualquer mecanismo de ajuda é bem vindo.