COVID-19: Os cuidados necessários para voltar a frequentar a academia

Alunos devem usar máscaras o tempo todo e o local deve ficar com as janelas abertas para diminuir os riscos de contágio com o novo coronavírus

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Depois de meses com as portas fechadas, as academias e também os parques públicos voltaram a funcionar, na segunda-feira (13), na cidade de São Paulo. Mas, com novos procedimentos para diminuir o risco de transmissão da COVID-19.

De acordo com o decreto municipal, as academias devem operar apenas com 30% da capacidade e durante 6 horas ao dia. Os exercícios precisam ser agendados e feitos de forma individual, sem dividir aparelhos e com vestiários e ambientes públicos restritos.

Orientações dos especialistas

A infectologista Sylvia Hinrichsen, consultora de biossegurança e controle de riscos da SBI, destaca que todos os ambientes e aparelhos devem ter álcool 70% à disposição, junto com um papel descartável para realizar a limpeza dos aparelhos e locais de toque.

“O uso de máscara é obrigatório para funcionários e alunos, até na esteira. Pode ser mais difícil de respirar e pode embaçar o óculos, mas não podemos abandonar esse equipamento de proteção”, afirma o biomédico Roberto Figueiredo, conhecido como Doutor Bactéria.

Um outra orientação é levar a própria garrafa de água e uma toalha de uso pessoal, e não compartilhar com ninguém esses itens.

“O ideal é que a pessoa já leve para a academia a garrafa de água cheia. Os bebedouros são locais de fácil contaminação pela saliva e podem transmitir o vírus”, orienta o Doutor Bactéria.

Todos devem também higienizar com álcool 70% os aparelhos antes e depois do uso. Isso vale tanto para quem vai começar uma série quanto para quem terminou.

Para as pessoas com mais de 60 anos ou para quem faz parte do grupos de risco da COVID-19, como diabéticos, obesos e hipertensos, a recomendação é que não procure locais públicos para realizar atividades física. A Associação Brasileira de Academias determina que esses clientes tenham seus planos congelados quando solicitado e sem o pagamento de multas.

Ventilação adequada

O uso do ar condicionado não é recomendado por não renovar o ar do local. Sylvia destaca que o ambiente fechado da academia é perigoso, e quanto menor a sala, maior risco de contaminação. Para isso, “teria que ter um plano relacionado ao ar condicionado, filtros e ventilação do local”.

“O mínimo que cada academia deve fazer para oferecer alguma segurança na prática de exercícios é obrigar a distâncias entre os aparelhos e manter as janelas abertas para ventilação natural do ambiente”, completa Dr. Bactéria.

O Conselho Nacional de Educação Física publicou um material com recomendações da OMS que devem ser adotadas pelas academias. Como limitar o número de clientes, para ter uma pessoa a cada 4 m², e a distância entre cada pessoa, que deve ser delimitada com fitas adesivas no chão.

Parques são mais seguros

Os parques vão funcionar apenas com 40% da capacidade total. Nesse caso, será obrigatório o uso de máscara. Os exercícios permitidos são caminhadas, corridas e uso de bicicletas.

“Nas áreas abertas, o risco de contaminação é menor por conta do fluxo de ar”, explica Sylvia. Mas, a recomendação é que o uso de máscaras em parques ainda é indispensável, assim como o distanciamento.

Dr. Bactéria explica também que é importante evitar correr ou caminhar atrás de outras pessoas para que as gotículas das respiração lançadas no ar durante o exercício não seja uma forma de contaminação.

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Colaborador

Do R7 / Foto: Getty Images