De acordo com uma pesquisa do Colégio Notarial do Brasil (CNB), o número de divórcios no estado de São Paulo teve um aumento de 18,7%, entre maio e junho deste ano. Outros estados também tiveram aumento, com destaque para o Amazonas (133%), Piauí (122%) e Pernambuco (80%).

Já a quantidade de casamentos despencou em comparação aos anos anteriores. Em abril, no início da pandemia, os matrimônios passaram de 19.797 em 2019 para 9.301 em 2020. Uma redução de 53%. Em junho de 2020, diminuiu em cerca de 50% quando comparado ao mesmo mês do ano passado.

Por um lado, é possível compreender a diminuição do número de matrimônios. Afinal, a pandemia do novo coronavírus pegou a todos de surpresa e impediu a maioria das pessoas de realizar seus planos. Mas porque tantos divórcios? Se os casais se amam, porque há tanto incômodo em ficarem juntos?

As emoções na pandemia

A verdade é que este período de isolamento social trouxe situações e sentimentos nunca antes vividos pela maioria das pessoas. Isso deixa as pessoas e os relacionamentos mais sensíveis.

Durante programa da Escola do Amor, os apresentadores Carlos Cucato e sua esposa Cinthia, abordaram os três sentimentos mais nocivos para os relacionamentos, neste momento, e ensinaram a como lidar com eles.

Ansiedade

A ansiedade traz:

• Preocupação excessiva.
• Escolhas erradas, atitudes precipitadas, impulsivas, feitas sem pensar.
• Desperdício das energias. Pois, a pessoa vive algo que não aconteceu e, talvez, nem vai acontecer. Isso lhe estressa e tira as energias.

“Tem pessoas que fazem da ansiedade um hábito. Se preocupam de forma exagerada com coisas que podem ou não acontecer, sabotam-se, não sabem lidar com a situação. Por isso, perdem o ponto de equilíbrio, desesperam-se e se enchem de dúvida, medo”, explica Cucato.

Para piorar, quando se está em um relacionamento, o parceiro acaba sendo atingido por essa onda de sentimentos. Para vencer isso, o ansioso deve trabalhar para tirar a sua cabeça do amanhã e pensar no hoje.

“Quando a ansiedade vier, foque-se no agora, e entenda o que deve fazer hoje para resolver os problemas. Sejam financeiros, da casa, etc”, acrescenta Cinthia.

Raiva

Normalmente, ela é causada por algum desconforto, algo que não te agrada e gera atitudes como:

• Ofensas.
• Passar dos limites.
• Descarregar em alguém (cônjuge, filhos, etc).

“É natural sentir raiva de alguma coisa, mas ela tem de ser controlada, é preciso aprender a lidar com ela. Se não houver limites, você acaba ofendendo, fala coisas sem pensar. O que traz consequências ruins”, diz Cucato.

Ela só tende a crescer. Então, “quando ela vier, não tome nenhuma atitude. Aprenda a descarrega-la de forma inteligente, saudável (como saindo do ambiente, fazendo uma caminhada) e só depois aja, converse com a pessoa”, aconselha Cinthia.

Medo

O medo acaba sendo um fruto da ansiedade descontrolada e também é parceiro da dúvida. Ele deixa a pessoa atormentada e a engessa, impedindo que tome uma atitude.

“Quando ele vier, você deve enfrentá-lo. Mesmo com medo, tome a atitude certa e combata os pensamentos ruins com uma palavra positiva, de fé. Eu faço isso e venço. Não com a força do meu braço, mas com a fé no Deus que eu creio. Enfrento, em vez de aceitar ser refém dele”, ensina Cithia.

O casal reforça que esta luta interna exige esforço. E, sempre que qualquer um destes sentimentos vierem, você deve estar pronto para rebater e vencer.

“Todos esses sentimentos passam, mas as consequências não. Então, aprenda a se controlar. Enfrente esses sentimentos, pois as grandes mudanças que você quer começam nas pequenas transformações, nos novos hábitos”, conclui Cucato.

Para aprender mais sobre como ter uma vida amorosa feliz e completa, participe das palestras da Terapia do Amor, que acontecem às quintas-feiras no Templo de Salomão. Os horários são 10h, 15h e 20h. O endereço é Avenida Celso Garcia, 605, Brás, zona leste de São Paulo.

Você também pode ir a qualquer Universal. Encontre o endereço mais próximo de sua casa aqui.