O ministro interino da Saúde, General Eduardo Pazuello, acaba de afirmar que o Brasil está negociando a compra de quatro diferentes tipos de vacina contra a COVID-19: uma britânica, uma chinesa, uma americana e uma alemã.

O imunizante mais próximo de ser distribuído à população é o britânico, produzido pela Universidade de Oxford. Ele já está na fase 3 de testes e obteve resultados eficazes nos voluntários.

A cientista Sarah Gilbert, responsável pelo projeto, afirmou que o teste em humanos deve ser finalizado em setembro. Todavia, a universidade e a empresa farmacêutica AstraZeneca, responsável pela produção, já estão prontos para produzir e distribuir a vacina.

O Brasil receberá 30 milhões de doses iniciais. Mas, também, está pronto para a produção, afirmou o ministro: “A previsão é que, em dezembro ou janeiro, já estejamos fabricando a vacina. A solução é a vacina. Adquirimos a planta necessária para a produção e os insumos para fabricação de um lote de grande quantidade: trinta ou quarenta milhões de doses. Isto já está pactuado”.

Mais três acordos

Além da vacina de Oxford, o Brasil também já possui acordo para a produção da vacina chinesa criada pela SinoVac Biotech. Essa droga também está na terceira fase de testes, inclusive no Brasil.

O acordo com a indústria chinesa prevê a chegada de 120 milhões de doses até setembro de 2020. Essa quantidade seria suficiente para vacinar 60 milhões de pessoas.

A terceira vacina negociada pelo Brasil é produzida pela empresa americana Moderna. Embora a empresa tenha acordo de preferência com os Estados Unidos, o ministro Pazuello afirmou que negocia a compra do imunizante com prioridade.

Por fim, no último dia 22 de julho, o ministro afirmou que avalia um acordo também com a alemã Pfizer:

“Vamos observar a possibilidade de entrar em algum tipo de acordo de cooperação para comprar. Temos três estruturas já definidas e uma quarta que está entrando no radar a partir de agora”.

Os Estados Unidos já compraram 100 milhões de doses do produto alemão, além de milhões de doses adicionais. O presidente americano Donald Trump pretende oferecer 300 milhões de doses a seu país até janeiro de 2021.

Todavia, a Pfizer afirmou ser capaz de produzir 1,3 bilhões de doses entre 2020 e 2021. Ademais, a empresa admitiu estar negociando com o governo brasileiro.

As quatro vacinas estão em fases finais de testes e podem começar a ser produzidas ainda em 2020. Dessa maneira, é possível que a maior parte da população brasileira esteja imunizada até o início de 2021.

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