Dia da Visitação alcança mais de 50 mil familiares de presos
Projeto oferece assistência material às famílias, além de levar conforto por meio de uma palavra de Fé
Desde o início da pandemia, o grupo Universal nos Presídios (UNP) tem intensificado o trabalho social em todo o Brasil. Em maio, o grupo deu início ao projeto Dia da Visitação, que visa dar assistência aos familiares dos detentos. O trabalho já era feito nas portas dos presídios, mas, agora, também é realizado em visitas mensais às casas dessas famílias.
“A ideia da visitação veio depois que realizamos a ação Delivery Solidário, no dia 10 de maio, Dia das Mães. Foi quando percebemos a importância de acompanhar essas famílias mais de perto, pois encontramos pessoas doentes, enfrentando dificuldades financeiras e carentes da presença de Deus”, explica o Pastor Clodoaldo Rocha, responsável pelo grupo Universal nos Presídios em todo o Brasil e no exterior.
Todos os familiares beneficiados são previamente cadastrados pelo grupo. Mensalmente, milhares de voluntários vão às casas identificando as principais necessidades de cada família. Elas recebem cesta básica de alimentos e kit com itens de higiene. “Muitas vezes, essas famílias são vítimas de preconceito. Mães criticadas e sendo culpadas porque têm um filho preso, esposas solitárias e crianças que crescem sem seu tutor. Quando chegamos, logo vemos a alegria nos olhos dessas pessoas. Levamos o básico para ajudá-las e a Palavra de Deus para erguê-las”, conta o Pastor.
O Dia da Visitação
No dia 13 de setembro, foram realizadas mais de 18 mil visitas em todos os Estados do País. Mais de 50 mil familiares foram alcançados pela ação. A cozinheira Aureni Cavalcante de Brito, de 53 anos, que tem uma filha presa desde 2018, foi um deles.
“A importância da UNP na minha vida passou a ser muito grande desde a primeira vez que fui ao presídio para visitar a minha filha. Eu saía arrasada, mas sempre tinha alguém do grupo na porta esperando para me confortar. Hoje, por causa da pandemia e sem poder visitar a minha filha, os voluntários deram um jeito de vir até a minha casa e me trouxeram carinho, atenção e a Palavra. Eles continuam presentes na minha vida e me fazendo muito bem. Sou muito grata.”
Atualmente, o grupo conta com mais de 32 mil voluntários no Brasil. Uma deles é a bancária Adriana Antunes de Campos Joazeiro, de 46 anos. “Conseguimos levar a Palavra de Deus para as pessoas mais discriminadas pela sociedade, que são os encarcerados. É um trabalho muito gratificante. Com a pandemia, intensificamos o trabalho com as famílias deles e levamos uma palavra de Fé para elas que também se encontram impossibilitadas de visitar os seus entes nos presídios e estão sofrendo. Além disso, entregamos cestas básicas e outros itens que possam suprir necessidades físicas. Conseguimos cuidar dessas famílias espiritualmente.”