“Criado para viciar” – especialista explica o Tik Tok

Rede social gasta milhões de dólares para causar vício em seus usuários

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“Criada para viciar”. Assim o especialista em tecnologia Matthew Brennan descreve o Tik Tok à BBC espanhola. De acordo com ele, a rede social foi desenvolvida, desde o início, para tornar seus usuários dependentes.

Entende-se por vício um hábito repetitivo que degenera ou causa algum prejuízo ao viciado e aos que com ele convivem.  Já  Organização Mundial de Saúde,  considera um vício como uma doença física e psicoemocional. A Psicologia, por sua vez,  define  o vício como  um mecanismo de fuga emocional em que o indivíduo obtém prazer e foge de sua dor. São comportamentos  que causam  prejuízo na vida da pessoa.

Ao contrário de outras redes sociais, como o Youtube e o Facebook, o Tik Tok não nasceu em uma pequena empresa com jovens visionários. A ByteDance – criadora do Tik Tok – é uma das maiores empresas de tecnologia do mundo, com orçamento incalculável para investir naquilo que gerará lucros.

“Não há uma equipe pequena por trás disso”, afirma Brennan, que se tornou especialista nessa rede social e está lançando um livro a respeito.  “O Tik Tok emprega milhares de pessoas. Se o TikTok cresceu tão rápido é devido à experiência de seus engenheiros. Opera o melhor mecanismo de recomendação do mercado competitivo chinês”.

O que é mecanismo de recomendação?

Essa é uma ferramenta que as empresas de tecnologia utilizam para que seus computadores entendam o que cada usuário gosta. Por exemplo: se a pessoa assiste sempre aos clipes de Chitãozinho e Xororó no Youtube, o site vai aprender aquele gosto e passar a recomendar mais clipes da dupla. Ou clipes de outras duplas sertanejas semelhantes. O objetivo é fazer com que o usuário permaneça mais tempo no site.

A vantagem do Tik Tok sobre outros sites é que os vídeos publicados são muito curtos.

“O que o torna tão viciante é que ele aprende o que você gosta e o que não gosta. E faz isso rapidamente porque em um minuto você pode assistir a cinco ou seis vídeos”, explica Brennan. “Nesse tempo, você tem que descartar o vídeo ou assisti-lo. E essa ação revela se você gosta ou não. Assim, o ByteDance pode obter muitas informações em um tempo muito curto.”

De acordo com ele, outras redes precisam que o usuário interaja por 30 minutos. O Youtube, que é considerado um dos melhores em mecanismo de recomendação, necessita de 5 minutos de interação.

É por isso que, aparentemente, o Tik Tok só “possui vídeos interessantes”. Ele sabe exatamente o que o usuário gosta e só oferece esse tipo de conteúdo. Dessa maneira, se torna muito mais difícil fechar o aplicativo.

Todas as redes sociais querem isso

Todas as outras redes sociais buscam a mesma coisa: viciar o usuário e deixá-lo conectado o maior tempo possível.

Para isso, utilizam mecanismos como a “rolagem infinita”. Ela faz com que o conteúdo disponível nunca acabe.

“Todo mundo precisa saber que as empresas por trás dos celulares, todas elas, trabalham com arquitetura para viciar o usuário. O algoritmo, a arquitetura digital, tudo é feito para você passar o máximo de tempo ali no celular. Porque alguém está ganhando com isso. E essa pessoa não é você”, explica o Bispo Renato Cardoso.

O Bispo explica que a tecnologia está em nossas vidas, não tem mais como voltar atrás. Mas isso não pode se tornar uma dependência, um vício. Pois, cada pessoa precisa aprender a controlar seus hábitos.

“Todos nós precisamos aprender a separar as coisas. Há tempo para tudo. Muitas coisas são feitas no celular, mas a vida real ainda tem que ter uma importância maior do que a vida virtual e digital”, conclui o Bispo.

Para quem tem dificuldades em fazer esse autocontrole, pois já se tornou um viciado em redes sociais, a Universal realiza o Tratamento Para a Cura dos Vícios. Na reunião cada pessoa aprende a utilizar a fé para se libertar dos vícios. Clique aqui e saiba onde e quando participar.

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Colaborador

Andre Batista / Foto: Getty Images