“A pornografia me deixou impotente”, afirma ex-funcionário de site pornô
Impotência, ataques de pânico e agressividade. Todos problemas causados pela pornografia
Um ex-funcionário do maior site de pornografia do mundo afirmou ao jornal americano Business Insider que assistir a tanta pornografia tornou vários funcionários impotentes, agressivos, deprimidos e sem interesse por sexo. A exceção eram os que tinham o interesse, mas se tornavam viciados, inclusive em fetiches insalubres.
O ex-funcionário – identificado apenas como “Brian” porque a Justiça o proibiu de revelar a identidade enquanto o site responde a processos judiciais – trabalhou na empresa durante anos. Além do maior site de pornografia do mundo (10º site mais acessado entre todos), a empresa proprietária possui, pelo menos, outros dois sites adultos que estão entre os mais visitados do mundo.
Somente em 2019 foram mais de 42 bilhões de visitas no site principal.
Para manter tamanha audiência, o site faz o upload de, pelo menos, 6,8 milhões de vídeos por ano. Até dezembro de 2020, cerca de 80% deles não eram verificados antes de ir ao ar. Os outros 1,3 milhões passavam por “moderadores”, que avaliavam se o material poderia ou não ser publicado.
“Nosso trabalho era encontrar desculpas esquisitas para manter vídeos em nossos sites”, disse Brian. “Brincamos que, em um mês, veríamos mais pornografia do que alguém veria na vida”.
Brian revelou que cada funcionário era obrigado a assistir, no mínimo, 1.200 vídeos por dia. Esses vídeos incluíam as mais diversas atrocidades, como incesto, zoofilia, necrofilia, pedofilia, estupros individuais e coletivos etc.
A ordem da empresa era encontrar formas de manter os vídeos no site. Assim, um vídeo chamado “um filho e sua mãe” teria o nome alterado para “um filho e uma mãe”. Pois, assim, não seria considerado incesto.
“Em certo momento, estávamos debatendo quais criaturas estavam OK para serem pisadas. Grilos, insetos e lagostins eram bons, mas não peixes dourados, porque as pessoas os têm como animais de estimação”, afirmou.
Consequências para a vida
Assistir a tanta pornografia fez com que a vida pessoal dos moderadores fosse drasticamente afetada, afirma Brian:
“Falei sobre como isso com as pessoas com quem estava trabalhando, sobre como esse trabalho as afetava em suas vidas pessoais. Algumas pessoas tinham falta de desejo sexual, algumas pessoas disseram que não as afetava e algumas pessoas disseram que aumentava seu desejo sexual”.
Entre as pessoas que se sentiam afetadas, estão relatadas as queixas descritas acima. Segundo Brian, “todas as semanas havia pelo menos uma pessoa da equipe sofrendo com ataques de pânico”.
Resultado previsível
Embora assustador, o resultado obtido por Brian e seus colegas de trabalho é previsível. Há anos já se sabe que a pornografia não apenas vicia, como causa todos esses prejuízos a seus usuários.
Recentemente, por exemplo, um estudo realizado pela Universidade de Antuérpia comprovou que, pelo menos, 25% dos homens que assistem pornografia tornam-se impotentes.
O estudo contou com a participação de mais de 3 mil homens abaixo dos 35 anos de idade. Esses jovens vêm, em média, 70 minutos de pornografia por semana. E isso os leva à disfunção erétil.
“Uma outra descoberta preocupante é cada vez mais homens acham que assistir pornografia é mais excitante do que uma relação sexual real com uma mulher”, ressalta o Bispo Renato Cardoso. “É um círculo vicioso. Quanto mais pornografia eles assistem, menos excitante uma mulher real se torna para eles. E na insatisfação sexual, eles buscam mais pornografia”.
De acordo com o Bispo, “a pornografia é um dos vícios mais potentes que existem, e dos mais secretos. A pornografia tem destruído relacionamentos e promovido a solidão”.
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