Eles estão casados e felizes há 90 anos
Saiba como as brigas podem interferir na longevidade da sua relação
Karam e Kartari Chand formam, provavelmente, o casal mais antigo do mundo. Os dois indianos estão casados desde 1925 e tiveram oito filhos, 27 netos e 23 bisnetos. Sabendo que eles se casaram quando ela tinha 13 anos de idade e ele 20, pode-se afirmar que ambos passaram por muitos problemas e amadurecimentos para chegar às bodas de álamo, ou seja, 90 anos de casados.
Em entrevista ao jornal Daily Mail, Kartari afirmou: “Nós sabemos que estar casados há tanto tempo é uma bênção, mas nós também estaremos prontos para partir quando for a hora. Isso tudo depende da vontade de Deus, mas nós realmente temos uma boa vida.”
A fórmula da longevidade? “O segredo está em não brigar”, afirma ela.
Para o escritor Renato Cardoso, autor do livro “Casamento Blindado”, “as verdadeiras razões que alimentam as brigas são egoísmo e orgulho. Egoísmo de querer as coisas do seu jeito e orgulho de se achar sempre certo — enquanto despede totalmente os gostos e opiniões da outra pessoa”.
No caso do casal Chand, ambos conseguem dominar o seu egoísmo e abriram mão do orgulho, resultando em um relacionamento que dura, feliz, há 9 décadas.
O fim das brigas?
Muitos dirão que é impossível manter uma relação de tal intensidade quanto um casamento sem que existam discussões. E é verdade. Entretanto, a maneira como os casais discutem é que afeta o bem-estar da relação.
O Happify é um site que desenvolve tarefas geradoras de felicidade, baseando-se em estudos científicos. De acordo com uma pesquisa realizada pela empresa, os casais que utilizam humor durante as discussões são mais felizes. Eles costumam fazer concessões e valorizar as opiniões um do outro.
Em contrapartida, aqueles que recorrem a agressões verbais e agem na defensiva (não admitindo os seus erros), costumam terminar a briga abruptamente, sem dar ouvidos às queixas do outro.
Em seu blog, Renato Cardoso dá dicas sobre como “brigar” com o seu parceiro sem que isso afete o relacionamento. A intenção é que a discussão seja uma conversa produtiva, que gere resultados, e não uma troca de acusações e ofensas.
“Preste atenção no que a pessoa está falando, ao invés de bolar em sua mente argumentos para se defender. Tente entender por que ela se sente assim”, sugere. “Se as reclamações não forem devidamente ouvidas, vocês não poderão entender qual é o problema e, consequentemente, o mesmo não será resolvido.”
Pelo que brigar
Outro importante ponto abordado pelo escritor é a valorização de pequenos motivos na hora da briga. Problemas do tamanho de mosquitos tornam-se grandes camelos e geram resultados terríveis.
Um casal não pode agir assim, mas deve saber discernir o que é possível relevar e o que merece argumentação.
“Se você escolhe bem as suas brigas, ou seja, sabe definir bem pelo que vale a pena brigar, você terá muito menos brigas e um relacionamento bem mais tranquilo”, conclui Renato.
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