Casamentos ambivalentes são ruins para a saúde
Entenda o que acontece e saiba se o seu relacionamento é assim
Um grupo de pesquisadores da Universidade Brigham Young (Estados Unidos), chegou à conclusão de que relacionamentos mantidos em ambivalência podem acarretar problemas de saúde. Ao passo que relações estáveis trazem benefícios físicos e psicológicos.
Os estudos realizados pela universidade analisaram 94 casais e foram publicados na revista especializada Annals of Behavioral Medicine. Eles apontaram que casamentos ambivalentes são responsáveis pelo aumento da pressão arterial sistólica. Isso sugere que casais fora dessas condições têm melhor saúde cardiovascular.
O seu relacionamento é ambivalente?
É chamada relação ambivalente aquela em que existem conflitos de sentimentos. Um casamento ambivalente, portanto, é aquele em que cada parte do casal não tem certeza sobre o desejo de seguir nesse relacionamento.
É uma luta entre a mente e o coração.
Alguns entendem que o casamento não é mais vantajoso, mas são emocionalmente apegados demais ao parceiro para se afastarem. Outros raciocinam no sentido de que a relação traz benefícios, embora não amem o cônjuge.
Esse choque de emoções e pensamentos leva o casal a uma dinâmica exaustiva de altos e baixos, o que adoece o psicológico e, como a pesquisa citada acima mostra, o físico.
Durante reunião da Terapia do Amor, o casal de palestrantes Renato e Cristiane Cardoso explicou que existem três tipos de amor:
– Físico – que diz respeito à vontade de tocar, beijar o outro.
– Emocional – referente aos sentimentos, à ligação entre as almas.
– Racional – que tem a ver com a mente, o espírito, com os princípios que as pessoas seguem por conta do amor.
Evidentemente é necessário estar em sintonia nos “três amores”. Todavia, o palestrante afirma que a força do amor vem da razão, da inteligência e da fé. “Porque é ali no racional que o amor está ligado a Deus. Esse é o amor de Deus. A fraqueza no amor vem do amor emocional, do sentimento. E o físico simplesmente obedece quem manda. O corpo é só servo de um ou de outro.”
Quando o corpo não se decide sobre quem deve obedecer, adoece
A orientação é raciocinar sobre a relação ainda antes de ela ter início. Muitas pessoas se envolvem colocando o emocional, os sentimentos, em primeiro lugar. “Se envolve também emocionalmente com uma pessoa sem usar nenhum critério. Ou, às vezes, suspende a inteligência quando toda a inteligência dela diz para ela que não dá, que essa pessoa é problema. Mas o emocional dela diz que ama, que quer. É assim que as pessoas estão começando os relacionamentos”, explica Renato.
Quando a relação já está estabelecida, como em um casamento, é necessário dialogar sobre os problemas e encontrar uma saída. “Quer dizer, conduza a conversa para uma resolução satisfatória. Entrem num acordo. Combinem o que farão de diferente. E aí façam como o combinado”, conclui o palestrante.
Se você também precisa dar novo rumo ao seu relacionamento, participe da Terapia do Amor, que acontece todas as quintas-feiras, na Universal. Veja o endereço clicando aqui.
Por Andre Batista / Imagem: Thinkstock