Mais de 20 mil pessoas caminharam pela reabertura dos templos da Universal em Angola
Fiéis e obreiros foram às ruas manifestar indignação também contra os crimes de ódio e o reconhecimento da legitimidade dos dissidentes
Em junho de 2020, um grupo de ex-pastores, expulsos por graves desvios de conduta, atacou e invadiu diversos templos da Universal em Angola, país da costa ocidental da África, onde o idioma oficial é a língua portuguesa. A ação do grupo autointitulado “Comissão da Reforma” foi orquestrada e violenta. Pastores, esposas de pastores e funcionários foram agredidos e alguns deles precisaram receber até mesmo atendimento médico.
Em outubro do mesmo ano, cerca de 6 mil pessoas, entre membros e obreiros da Universal, caminharam por Luanda, capital de Angola, em um protesto pacífico pelo fim das injustiças. A marcha teve início no porto da cidade e terminou na Baía de Luanda, local turístico e muito conhecido no país. Ali, todos dobraram os joelhos e clamaram ao Altíssimo pela resposta. Clique aqui e assista aos vídeos de como foi essa manifestação.
Naquele mesmo mês, a Justiça de Angola determinou a saída dos invasores e a devolução de templos à Universal, localizados nas províncias de Benguela e Lunda Norte. O tribunal condenou a “violência religiosa e racial” e mentiras espalhadas na Imprensa do país. Em nota, a Universal de Angola explicou que a Justiça entendeu que os invasores atuaram “de forma premeditada, coordenada e organizada para amplificar e instigar o ódio”.
Marcha pela Obra de Deus
Entretanto, em dezembro de 2020, o Instituto Nacional para Assuntos Religiosos (INAR) — o mesmo órgão que ficou com os templos da Universal “apreendidos” sob a sua responsabilidade — reconheceu a legitimidade dos dissidentes.
Diante disso, no dia 30 de janeiro último, mais de 20 mil pessoas, entre eles fiéis e obreiros da Universal, se reuniram em uma marcha em diversos locais de Angola, principalmente em Luanda (do porto à Baía) — já considerada a maior realizada no país nos últimos anos –, a favor da reabertura dos templos da Igreja Universal em Angola e contra os crimes cometidos.
Leia aqui o comunicado oficial da Universal de Angola sobre a marcha.
“A manifestação foi realizada pelo coletivo de membros, fiéis e simpatizantes da Universal (denominados como #7000), com o objetivo comum de exigir a reabertura dos templos e salvaguardar os seus direitos como cidadãos angolanos. A nossa constituição, no seu Artigo 41, diz que a liberdade de consciência, de crença religiosa e de culto é inviolável; e com o fechamento dos templos estes direitos têm sido privados”, disse o Bispo Alberto Segunda, que em 22 anos na Universal já passou por países como Moçambique e Costa do Marfim e, atualmente, Angola.
A Record TV África exibiu matéria sobre essa grande manifestação, com diversos depoimentos.
Acompanhe como foi no vídeo abaixo:
O Bispo Honorilton Gonçalves, responsável pelo trabalho evangelístico da Universal no país, em sua página numa rede social postou fotos da marcha e comentou: “Deus abençoe todos os #7000 que não se curvaram à rebelião. Mais de 20.000 pessoas marchando pela obra de Deus”.