“Não existe criança trans”, afirma ativista transgênero

Scott Newgent conta que foi enganado por ativistas da causa, por médicos e por psicólogos que o induziram a realizar o procedimento cirúrgico

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O ativista americano pela causa transgênero Scott Newgent publicou nesta terça-feira (09) um artigo onde demonstra a preocupação que possui sobre supostas crianças transgênero. De acordo com ele, isso não existe.

“Não existe criança trans! Você se torna trans com hormônio e cirurgia, é cirurgia plástica. Disforia de gênero é uma doença mental!”, declarou ele no Twitter. “NENHUMA CRIANÇA deve ter permissão para se tornar trans! Para sua informação, a transição médica torna a disforia de gênero pior!”

Quem é Scott Newgent

Scott Newgent nasceu mulher e, aos 42 anos de idade, realizou a cirurgia de mudança de sexo. Hoje ele é uma das vozes mais importantes no ativismo transgênero. Mas é completamente contra a ideia de que existam crianças trans. Logo, opõe-se a tratamentos cirúrgicos ou hormonais que mudem o sexo de uma criança. De fato, ele chama atenção para os riscos até mesmo de adultos realizarem esse tipo de procedimento:

“Fui informado sobre todas as coisas maravilhosas que aconteceriam devido à transição médica, mas todos os negativos foram encobertos. Desde então, tenho sofrido tremendamente, incluindo sete cirurgias, uma embolia pulmonar, um ataque cardíaco por estresse induzido, sepse [um tipo de infecção no sangue], uma infecção recorrente de 17 meses, 16 rodadas de antibióticos, três semanas de antibióticos IV diários, cirurgia reconstrutiva de braço, pulmão, coração e danos à bexiga, insônia, alucinações, estresse pós-traumático, US $ 1 milhão em despesas médicas e perda de casa, carro, carreira e casamento”.

Newgent conta que foi enganado por ativistas da causa, por médicos e por psicólogos que o induziram a realizar o procedimento cirúrgico. Isso porque nenhum deles relatou os graves problemas de saúde que poderiam ocorrer. Tampouco explicaram que não há tratamentos médicos testados e aprovados para cuidar da saúde de transgêneros. A cada novo problema de saúde que ele mesmo sofreu após a cirurgia, médicos o aconselhavam a voltar ao “especialista” que realizou sua cirurgia. O que foi em vão.

“Durante meus 17 meses de sobrevivência pós-operatório, descobri que o atendimento à saúde para transgêneros é experimental e que grande parte da indústria médica encoraja os menores a fazer a transição devido, pelo menos em parte, às margens de lucro gordas. Eu estava pasmo. A cada dia eu pesquisava mais e ficava cada vez mais chocado. Ao pular de pronto-socorro em pronto-socorro procurando ajuda desesperadamente, percebi que ninguém sabia o que fazer”, conta ele.

Danos além do corpo

Os prejuízos físicos causados pela mudança de gênero causou também danos psicológicos. Newgent conta que, além de estresse pós-traumático, “minha infecção recorrente da bexiga não só destruiu meu corpo; começou a devastar minha mente também. Deixei de ser capaz de resolver problemas e perdi meu seguro-saúde quando não pude trabalhar”.

Ele revela que, para conseguir descansar de seus problemas, precisava tomar várias doses de vodka e remédios controlados. O que aliviava a dor, mas o privava de sono e gerava alucinações.

“Uma noite eu simplesmente não aguentava. Eu queria morrer. Arrastei-me para a cama e tive outra alucinação. A vida de meus filhos passou diante dos meus olhos e vi a devastação que minha morte causaria a eles. Naquele momento, fiz um acordo com Deus, o universo, como quer que você chame, que se minha vida fosse poupada, se eu pudesse estar aqui para meus filhos, eu ajudaria outras crianças, garantindo que as pessoas soubessem o que é a experimentação de transgêneros e os cuidados de saúde que realmente implicam”, revela.

Desde então, Newgente se dedica a exibir ao mundo a farsa da “felicidade garantida após a cirurgia” e a pressão que jovens sofrem para realizarem tal procedimento, com a promessa de que se enquadrarão e serão “felizes para sempre”.

“Esse é o nosso trabalho, como pais: proteger os filhos de erros tolos e duradouros”.

Falar sobre o assunto não é transfobia

Newgent ainda chama atenção para a necessidade de conversar sobre esse assunto. Sendo um homem transgênero, ele afirma que alertar à sociedade não é transfobia, mas dever de quem tem conhecimento sobre a causa:

“Discutir isso não é transfóbico ou discriminatório. Nós, como sociedade, precisamos entender completamente o que estamos incentivando nossos filhos a fazer com seus corpos”, explica ele.  “Ativistas trans apregoam estudos que dizem que a transição médica de crianças que questionam o gênero melhora a saúde mental. Mas esses estudos muitas vezes foram retratados (e essas retratações subnotificadas pela mídia). Além disso, nenhum estudo de longo prazo foi realizado em crianças que crescem sem os benefícios da puberdade natural. Nenhum estudo foi feito sobre transicionantes (pessoas que voltam a se identificar como seu sexo natal). Quais são os efeitos psicológicos? Ninguém tem a menor ideia, e os pesquisadores muitas vezes são impedidos de falar sobre isso até mesmo para levantar questões”.

Para Newgent, “precisamos fazer e estudar essas perguntas difíceis – para o bem de todas as crianças. Mas não estamos – não estamos na grande mídia e certamente não estamos no novo governo do presidente Joe Biden”.

A referência do ativista é às medidas tomadas pelo novo presidente americano que incentiva crianças a mudarem de sexo. Clique aqui e saiba mais sobre o assunto.

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Colaborador

Andre Batista / Foto: Getty Images