Sim, a Bíblia não oferece detalhes, mas afirma que Sara era meia-irmã de Abrão, certamente por parte de pai (Gn. 20:2-12).

A novela preencherá essa lacuna com uma licença poética que dará liga aos acontecimentos.

Apenas muitos anos depois, através da lei de Moisés, é que esse tipo de relação seria proibido por Deus.

Como os casamentos eram celebrados naquela época?

Na Mesopotâmia não existia a separação entre religioso e secular, como conhecemos hoje em dia. Pode-se dizer que o casamento seguia as leis e costumes vigentes da região. Era, acima de tudo, um contrato legal, de modo que sua efetivação não se caracterizava por uma cerimônia civil e outra religiosa, como se dá atualmente.

O contrato feito entre o pretendente e o pai da noiva estipulava um preço pela mão da filha. No dia do casamento a quantia era dada ao pai. Mas, se o casamento não gerasse filhos ou se a esposa morresse, o preço que o noivo pagou poderia ser devolvido. Por outro lado, se a esposa morresse e seu futuro marido aceitasse se casar com uma de suas irmãs solteiras, ele não pegaria de volta os valores que pagou.

O ato da cerimônia consistia na entrega da esposa ao marido. O marido cobria a noiva com um véu na presença de testemunhas e declarava solenemente “ela é minha esposa”.