13% dos vídeos sugeridos por sites pornográficos são criminosos

Estudo britânico acusa maiores sites adultos do mundo de conivência com o crime

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Pelo menos 13% do conteúdo sugerido pelos sites pornográficos a visitantes sem cadastro são vídeos de crimes. Esses vídeos possuem violência não-consensual, assédio sexual, incesto, estupro e até pedofilia.

A conclusão é do Departamento de Sociologia e Faculdade de Direito da Universidade de Durham (Reino Unido), que passou seis meses analisando os três sites mais visitados do país, que são mesmos sites mais visitados no Brasil e em outros países. Ao todo foram examinados 131.738 títulos apresentados na página inicial desses sites.

“O estudo baseia-se na maior amostra de pesquisa de conteúdo pornográfico online até hoje e é único em seu foco no conteúdo imediatamente anunciado para um novo usuário”, explicam a socióloga Dra. Fiona Vera-Gray e a advogada Clare McGlynn, principais autoras, ao jornal local Daily Mail. “Descobrimos que um em cada oito títulos mostrados a usuários de primeira viagem na primeira página dos principais sites de pornografia descreve a atividade sexual que constitui violência sexual”.

De acordo com elas, as “descobertas levantam sérias questões sobre a extensão do material criminoso facilmente e gratuitamente disponível nos principais sites de pornografia e a eficácia dos mecanismos regulatórios atuais”.

Dois dos sites pesquisados não quiseram responder à imprensa.

O único site que respondeu afirma que “qualquer sugestão de que permite conteúdo ilegal em sua plataforma é categórica e factualmente imprecisa”. Esse é o site que, há poucas semanas, foi obrigado a retirar do ar mais de 80% de seus vídeos pelo grande número de crimes – incluindo pedofilia – apresentados na plataforma.

Agressão a si mesmo

As autoras do estudo destacaram os riscos que tais vídeos representa. De acordo com elas, “o fácil acesso a esse conteúdo está distorcendo a fronteira entre o prazer sexual e a violência sexual e alimentando uma cultura em que o não consentimento e a violência sexual não são levados a sério”.

Em outras palavras: assistir a vídeos desse tipo está influenciando as pessoas a pensarem da mesma maneira, mesmo que isso signifique cometer crimes.

O Bispo Renato Cardoso explica que, de fato, cada pessoa é aquilo que faz rotineiramente:

“O homem que assiste à pornografia se torna tão sujo quanto aquelas coisas que ele vê. Homens que já foram viciados na pornografia dizem que quando eles estavam viciados eles não conseguiam passar uma hora do dia sem ficar visualizando aquilo que eles tinham visto e olhar para as mulheres como se elas fossem aquelas mulheres da pornografia. É como se, mesmo com aquilo desligado, o vídeo da pornografia continuasse ligado na cabeça. De forma que eles queriam reproduzir, começaram a fazer coisas que eles nunca imaginaram que iriam fazer.”

Por isso, “a pornografia tem sido a praga desta época da internet. Porque ela é de tão fácil acesso! Hoje em dia criança está vendo pornografia. O diabo sabe o apelo que o sexo tem, especialmente para o homem. Então ele usa da pornografia para cativar”.

A missão do diabo, porém, não é apenas cativar. Como o Bispo explica, o diabo quer atrair as pessoas para destruir suas vidas. Utilizando a pornografia, ele transforma aquele viciado em uma cópia do que existe de pior nesses “sites adultos”.

“A pessoa perde tanto o senso de ridículo que ela não está pensando, não está raciocinando. Então ela passa a reproduzir aquilo que ela vê, que ela está assistindo. Começa com uma curiosidade e aí torna-se um vício”, afirma o Bispo.

Por isso é fundamental que todas as pessoas que têm esse hábito se libertem dele imediatamente. Mesmo que, por enquanto, ele pareça inofensivo, esse é um vício destruidor como qualquer outro.

“É um espírito que causa esse vício. E por meio desse vício vem um monte de outros problemas. Não olhe para o que vai fazer mal para você”, aconselha o Bispo.

Clique aqui e conheça outro estudo, esse demonstrando como o pensamento das crianças é afetado.

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Colaborador

Andre Batista / Foto: Getty Images