Ao que indicam as investigações da polícia local, Yelchin saiu de seu carro para pegar a correspondência na caixa de correio, localizada rente ao portão da garagem. O automóvel avançou sozinho e esmagou o jovem contra uma pilastra de tijolos e as grades de ferro. O veículo estava com um defeito no freio – motivo, aliás, pelo qual o fabricante havia convocado os proprietários daquele modelo para um recall meses antes.

A notícia causou um choque grande entre as pessoas que acompanhavam o trabalho do artista. Yelchin, além de muito jovem, era um dos grandes atores de sua geração, respeitado por fãs, colegas e diretores. (foto abaixo) Começou sua carreira aos 9 anos e trabalhou com atores consagrados, como Anthony Hopkins e Morgan Freeman. Tornou-se ainda mais conhecido depois de adulto no papel do alferes russo Pavel Chekov, da tripulação da nave estelar Enterprise – da série de filmes Star Trek, uma releitura da antiga Jornada nas Estrelas.

Yelchin não era conhecido por ter problemas de comportamento, por vícios nem sofria nenhuma doença grave. Seu profissionalismo e a qualidade de sua interpretação eram suas marcas registradas.

Segundo os investigadores, ele chegou à noite à casa onde morava sozinho, em um horário em que a rua estava deserta, e só foi achado pela manhã, quando amigos deram por sua falta em um ensaio marcado. Como os amigos não conseguiram contato pelo celular ou pelo telefone de sua casa, acionaram a polícia. O ocorrido causou ainda mais espanto por ter sido uma morte inesperada.

E se fosse você?

Para Yelchin, aquele seria mais um dia normal, no qual cuidaria de seus afazeres, de seu lazer e chegaria em casa para dormir e se preparar para o dia seguinte. O simples ato de parar para pegar a correspondência foi o divisor de águas entre a vida e a morte. Ele não foi o primeiro nem será o último a chegar ao fim da vida de forma trágica e, aparentemente, banal. Por isso, manter a vida espiritual em dia é essencial, pois a morte não chega com hora marcada.

Quantos deixam para depois uma resolução tão importante quanto entregar a vida a Deus, aqui e agora, e correm um risco desnecessário por isso? Muitos se preparam para suas futuras aposentadorias e fazem planos, mas não levam em conta o que pode acontecer a qualquer momento. Quantos desconsideram a efemeridade da vida? Não importa se a pessoa goza de perfeita saúde, de riqueza ou de fama. A morte chegará para todos.

Foi exatamente sobre isso que o Bispo Edir Macedo falou, citando um aviso que o próprio Senhor Jesus deu em forma de parábola, registrada em Lucas 12:18-20: “A herdade de um homem rico tinha produzido com abundância; E arrazoava ele entre si, dizendo: Que farei? Não tenho onde recolher os meus frutos. E disse: Farei isto: Derrubarei os meus celeiros, e edificarei outros maiores, e ali recolherei todas as minhas novidades e os meus bens; E direi a minha alma: Alma, tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe e folga. Mas Deus lhe disse: Louco! Esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será?”

Sobre a parábola, o Bispo Macedo falou: “concentre-se nesse versículo que diz ‘Alma, tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe e folga’. Esse é o objetivo do ser humano. Tem sido o seu foco. O seu estudo, trabalho, sacrifícios, tudo tem sido com foco nessa condição, de chegar para a alma e dizer ‘olha, tenho dinheiro suficiente para viver o resto dos meus dias de forma folgada, aliviada, para descansar, comer, beber e viver até o último dos meus dias’. Mas aí continua Jesus em Sua Palavra: ‘Louco! Esta noite te pedirão a tua alma…’. Ele disse ‘te pedirão’ e não que Deus a pediria.”

Isso mesmo. Quem pedirá a sua alma para ficar com ele por toda a eternidade pode não ser o Criador, mas o destruidor de tudo o que é bom.

E isso depende de com quem você está espiritualmente agora e como está preparado para a morte, que pode chegar a qualquer minuto. Está em nossas mãos o destino da nossa alma.

É importante entender o que nos espera após a morte e ter a certeza da Salvação da nossa alma. Hoje em dia há uma preocupação muito grande do ser humano em se abastecer de emoções. E nelas entra o prazer instantâneo: satisfazer desejos sexuais sem pensar nas consequências, alimentar-se errada e exageradamente para se sentir saciado, gastar dinheiro além do recomendado pela prudência para se presentear na base do “eu mereço”. E tudo isso não passa de uma maneira de fomentar aquela parte do cérebro responsável pela sensação de recompensa. Só que tudo isso é momentâneo, acaba rápido, e abre as portas aos excessos, que levam aos vícios e à péssima qualidade de vida.

Dar valor ao agora, em si, não está errado. O problema é quando só o momento atual é importante e relega-se o futuro, comprometendo-o. Espiritualmente, quando falamos de futuro, falamos de eternidade.

Que o exemplo da morte absurda e repentina do jovem ator Anton Yelchin desperte a atitude de muitos. Essa é uma importante decisão que você, leitor, não pode esperar para tomar.

A hora de escolher aonde você vai passar a eternidade e se vai ser de constante júbilo ou de sofrimento sem cessar é agora.

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