Pesquisa revela com que idade as pessoas costumam ser mais felizes
Muitos acreditam que a felicidade pessoal depende de coisas ou pessoas quando, na verdade, ela depende de cada um de nós
Se você pudesse ter uma idade pelo resto da vida, qual seria? Essa foi a pergunta que a empresa de pesquisa de marketing, OnePoll, fez para dois mil americanos. A resposta foi surpreendente, uma vez que as pessoas, normalmente, romantizam a juventude.
Pensei que encontraria números como 10, ou 20 anos. Mas, não. Os entrevistados disseram que a idade que consideram ser a mais feliz de suas vidas são os 36 anos! Segundo as respostas, é nessa fase da vida que se tem mais confiança e autoconhecimento.
Além disso, um dos pesquisadores observou em um artigo no site americano The Conversation, que o período dos 30 aos 40 anos, apesar dos desafios, é muito mais gratificante do que a maioria imagina. A equipe nomeou essa fase como “idade adulta estabelecida”.
Ainda de acordo com o estudo, os participantes desejam permanecer com 36 anos porque consideram que nessa idade, após anos trabalhando para crescer na carreira e nos relacionamentos, surge a sensação de estar mais perto de alcançar seus objetivos.
O que é a felicidade
Ao ler a conclusão dessa pesquisa pensei se não é um pouco raso definir a felicidade em uma idade, afinal de contas, as pessoas são diferentes. Percebo que um erro comum que seguimos cometendo é atribuir a felicidade a alguém ou alguma coisa.
Vivemos em busca de conquistas. Mas, a verdade é que quanto mais dependermos delas para nos sentirmos realizados mais frustrados ficaremos. Porque uma hora queremos ter a casa própria, outra o automóvel do ano, o sucesso profissional, a prosperidade financeira, casar com o homem ou a mulher dos sonhos e por aí vai.
Só que nem tudo na vida acontece como planejamos, os problemas surgem para todos. Por isso, não podemos acreditar que apenas quando conseguirmos realizar todos os nossos desejos é que seremos plenamente felizes.
No dicionário o significado da palavra felicidade não está associado a ter ou não alguma coisa, diz respeito a um estado de contentamento, alegria, satisfação plena. Assim, infelizmente, buscar a felicidade em coisas e pessoas sempre trará frustração, inevitavelmente.
A felicidade no processo
Do ponto de vista psicológico, há várias teorias que podem ajudar a explicar porque as pessoas mais velhas dizem que são mais felizes. Uma delas é que, à medida que o tempo passa, elas afirmam que aprendem a se adaptar a seus pontos fortes e fracos, ao mesmo tempo em que suas ambições utópicas diminuem e têm mais habilidade para gerenciar suas emoções.
A ciência também diz que a saúde física é beneficiada com o estado de espírito da pessoa. De acordo com uma pesquisa da Universidade de Nottingham, na Inglaterra, ser feliz melhora até mesmo o sistema imunológico, responsável por defender o corpo de doenças.
A paz que vem de dentro
Uma vez meu pai me disse que precisamos aprender a ser feliz no processo, não apenas na concretização de um objetivo. E faz todo o sentido. Porque confundimos facilmente momentos alegres com o verdadeiro significado da felicidade.
Mas, há uma diferença enorme entre eles. Enquanto a alegria está ligada a um acontecimento externo e passageiro, ser feliz caracteriza um estado permanente, ou seja, não importa se conquistamos o que queríamos ou não, o nosso interior segue em paz e confiante.
Por isso, podemos observar no dia a dia pessoas que moram em casa simples e não tem muitos recursos financeiros, mas são extremamente felizes, e tantas outras que, apesar de terem muito dinheiro e morarem em mansões, são infelizes.
Então, cabe cada um de nós, individualmente, buscar essa satisfação plena em nós mesmos, e não nas pessoas ao redor ou nas coisas que conquistamos. Porque a verdadeira felicidade é equilíbrio, permanência e vem de dentro, do nosso interior.