Não sobrecarregue a sua vida financeira por conta de suas emoções

Tenha cautela, pense e não se precipite. Saiba mais

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Uma pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), juntamente com a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), em todas as capitais brasileiras, revelou que cerca de dois em cada dez torcedores já comprometeram o próprio orçamento mensal com gastos relacionados ao futebol. E, pior, constatou-se que 21,8% dos entrevistados já ficaram com o nome sujo por gastarem demais com produtos do seu time.

Com esse estudo, foi possível identificar também que 67,4% dos entrevistados se interessam por todos assuntos que envolvem futebol. Isso deixa claro que o futebol é, realmente, considerado uma das grandes paixões de muitos brasileiros, como eles mesmo descrevem. Mas o gasto em excesso não acontece apenas com o time do coração, ele também se amplia para outros âmbitos, como vestuário da moda, maquiagens e acessórios, entre outros.

Reavalie cada compra

A paixão, seja pelo esporte, por compras ou na vida amorosa, causa euforia e é algo humano, por isso, arriscado e perigoso. Tanto que diversos torcedores sobrecarregaram a vida financeira por conta de seus times. Ela é um sentimento que faz com que a pessoa não pense racionalmente e acabe gastando em excesso.

Em seu livro “50 tons para o sucesso”, o escritor Jadson Edington explica que antes de gastar você tem que ter dinheiro para isso. “Hoje, vivemos em um mundo que valoriza o consumo. É claro que você tem que ter as coisas, tem que comer bem, morar bem e usufruir do dinheiro que recebe. Porém, precisa aprender a se planejar e fazer escolhas inteligente para o seu dinheiro”, alerta.

São várias as razões que levam uma pessoa ao endividamento. Segundo o escritor, a principal delas é a falta de planejamento, que desencadeia dívidas prolongadas. “Virou coisa normal fazer crediário e comprar parcelado. A ponto de algumas pessoas terem vários cartões de crédito e usarem até o limite de todos eles”, comenta.

Aprenda a controlar os gastos

Para controlar os gastos, uma sugestão é fazer anotações constantes. “Anote até o cafezinho que tomou na esquina. Depois, faça cortes inteligentes (para que você precisa daquele cafezinho na esquina?). Livre-se do vício do parcelamento. Se não tem dinheiro para comprar, não compre”, ensina o escritor.

Se você gosta de gastar, e sabe que essa é uma fraqueza, comece a partir de agora a se controlar em compras futuras. Busque habituar-se. Pergunte-se que há mesmo a necessidade da compra ou se você já tem aquele mesmo produto, porém, em padrões diferentes. Verifique também se ele pode ser substituído por outro artigo que você já tem e que estava esquecido.

Por fim, se você perceber que precisa muito de um determinado produto e a compra se faz imprescindível, junte dinheiro. “Se realmente não puder esperar e for necessário parcelar, parcele no menor prazo possível. E saiba que aquela parcela é um compromisso”, finaliza.

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Colaborador

Por Débora Picelli / Foto: Thinkstock