Ela foi prostituta e criminosa, mas algo a fez mudar completamente
Conheça a história de Maria Valquinete, que teve a vida transformada após ajuda de voluntários do Anjos da Madrugada
Logo no início da sua juventude, Maria Valquinete Matias dos Santos (fotos), hoje com 43 anos, foi enganada e teve a vida destruída. Nascida em Imperatriz, no Maranhão, aos 16 anos ela caiu na promessa de um emprego e veio para São Paulo, a fim de melhores condições de vida. Mas, quando chegou à capital paulista, percebeu que não era exatamente como o prometido.
Era final de 1986. Segundo Maria, uma senhora chegou na cidade dela dizendo que daria estada, comida e emprego para quem quisesse ir para a capital paulista trabalhar. “Eu disse que me interessava. Como eu tinha trabalhado em uma lanchonete árabe, ela perguntou quanto eu ganhava. Falei o valor e ela me disse que o que eu ganhava em 1 mês seria o valor da ‘caixinha’ em uma noite. Como eu estava vivendo de favor e precisava, aceitei. Ela até disse para eu convidar algumas amigas. Eu falei com outras meninas que aceitaram também. Viemos para São Paulo, todas menores de idade”, conta.
Maria lembra que essa mulher prometeu mundos e fundos e todas ficaram esperançosas. “Chegamos aqui (na capital paulista) no dia 7 de setembro. Era um dia de muito frio e ela pediu que colocássemos roupas curtas. Falou para não nos preocuparmos porque onde iríamos trabalhar era quente. Quando chegamos ao local, fomos recepcionadas por uma outra pessoa, que nos falou que o trabalho não era como a gente pensava. Foi quando descobrimos que tudo era mentira. Nos deparamos com uma casa de prostituição no bairro do Brás, região central da cidade.”
Uma vida dura
Durante 3 anos Maria viveu como prostituta nessa casa. Nesse período, ela se apaixonou pelo filho da mulher que a enganou e ficou grávida. “Durante toda a gravidez eu continue fazendo programa. Até no dia de ir para o hospital, mesmo com contrações, ela me fez ficar junto com as outras meninas. Sofri muito.”
Sem alternativa, depois que o filho nasceu, Maria não conseguiu se afastar por muito tempo daquela vida. Segundo ela, passado os dias do resguardo, a tal mulher disse que precisava pagar pelos dias em que ficou sem trabalhar. “Eu falava que queria ir embora, mas ela dizia que se eu fosse teria que deixar o meu menino. Cada dia que passava ela me distanciava mais dele. Dava mamadeira só para eu não precisar dar de mamar nem ficar perto do meu filho. Fiquei 11 meses nessa situação. Até que fugi.”
Mais uma vez ela se enganou
Maria lembra que a casa de prostituição estava quase falindo. Foi quando a dona teve a ideia de abrir uma sorveteria dentro do local e contratou um rapaz para trabalhar. Maria fez amizade com o novo funcionário e ele a ajudou a fugir. “Deixei o meu filho e fui embora com esse rapaz.”
Ela achava que teria uma vida melhor, porém, mais uma vez, estava iludida, e quando menos esperava, já estava grávida novamente.
Sem o companheiro e sem ter onde morar, Maria foi para uma pensão. Nessa época, conheceu uma senhora que precisava de alguém para trabalhar como doméstica, e aceitou o trabalho, mesmo grávida. “Trabalhei lá durante os meses de gestação. Prestes a ter o meu bebê, descobri por outras pessoas que ela queria o meu filho após o nascimento dele. Foi então que eu, mesmo com medo, pedi para sair de lá. Além do dinheiro que eu tinha para receber, ela me deu coisas para o bebê.”
De volta com o ex-companheiro, Maria diz que ele tomou tudo o que ela recebera, para comprar drogas, já que era viciado. Sem condições financeiras, voltou a ficar na rua, agora com o filho recém-nascido.
“Vivi assim durante um período. Tempos depois, consegui um quarto de hotel para eu morar”, diz ela. Só que o ex-companheiro foi junto. “Comecei a me drogar também.”
Em busca de melhores condições
Em sua vida nas drogas, Maria conheceu um outro rapaz, que também era viciado. Acabou se envolvendo com ele. “Ele tinha melhores condições de cuidar de mim. Fui embora com ele e levei o meu filho.” Só que esse outro homem era envolvido com a criminalidade, e acabou sendo preso. “Eu comecei a visitá-lo na cadeia e levava drogas”, destaca Maria.
Faltando uma semana para o rapaz sair da prisão, ele foi assassinado, e Maria se viu desamparada novamente. “Enquanto ele estava preso eu era sustentada. Ele pagava o meu aluguel. Depois da morte dele, eu não tinha onde ficar. Foi quando eu voltei a morar nas ruas, com o meu filho.”
Na volta para as ruas, Maria conheceu um traficante que ofereceu um lugar para ela ficar com o filho. “Mas para isso eu teria que vender drogas para ele e não podia consumir nada. Eu aceitei. Ele sempre me ameaçava, dizendo que no dia em que usasse a droga dele ele me mataria. Para eu não morrer, larguei de trabalhar com ele, mas deixei o meu filho lá e fui embora.”
E foi nessa época que Maria se afundou mais e começou a roubar. “Conheci um pessoal que tinha uma quadrilha que precisava de uma mulher. E eu entrei nessa gangue. Viajávamos roubando. E foi em Presidente Prudente, interior de São Paulo, que fui presa e condenada a pouco mais de 1 ano. Por ter bom comportamento, a minha pena diminuiu e fiquei encarcerada durante 5 meses.”
Mais uma decepção
Em liberdade, ela conheceu outro rapaz, com quem teve mais dois filhos. De volta à capital paulista, eles compraram uma casa e eram felizes. Mas quando ela achava que estava tudo bem, descobriu que estava sendo traída, entrou em depressão e voltou a usar drogas.
“Como eu estava muito viciada e não conseguia me controlar, chamei a irmã dele e perguntei se ela podia ficar com os meus filhos. Ela pediu para eu fazer uma carta e entregar no Conselho Tutelar. Foi então que fiz isso. Passei a guarda para ela.”
Do fundo do poço à transformação
Maria permaneceu na casa que era do casal, mas o vício foi se agravando de tal forma que ela vendeu o imóvel. “Peguei o dinheiro, usei em drogas e fui viver em uma praça. Passei 5 anos morando lá e tive outros dois filhos na rua, que também ficaram com a minha ex-cunhada.”
Tudo começou a mudar quando, a convite de um outro morador de rua, Maria foi morar na região do Bresser, zona leste de São Paulo, ainda na rua, mas em condições um pouco melhor. Lá, ela conheceu voluntários do projeto Anjos da Madrugada, da Universal. “Eles davam comida, me tratavam bem, falavam de Deus e faziam orações. E eu senti vontade de ir para a igreja e ouvir a Palavra de Deus. Comecei a ir todos os dias à igreja. Eu não dormia se não fosse para a Universal”, afirma.
Após frequentar as reuniões na Igreja, Maria ficou livre dos vícios. “Há 2 anos consegui reconstruir a minha vida e viver em uma casa digna, ter um trabalho. Há 5 meses sou evangelista. Meus filhos ainda não estão comigo, mas Deus está preparando a volta deles”, determina.
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