O consumidor depois da crise

Quem ele é, como segmentar e posicionar o produto para conquistá-lo?

Imagem de capa - O consumidor depois da crise

Você criou seu negócio, idealizou seu produto e está pronto para trabalhar, mas não pensou em uma estratégia para atingir o consumidor. Será que você está no caminho certo?

O empresário deve entender, em primeiro lugar, que a chave do sucesso está em se orientar pelo mercado e não pelo produto. Para o especialista e consultor em marketing Gabriel Rossi, as marcas inteligentes são aquelas que estabelecem conexões emocionais e olham para o comportamento do consumidor à procura de uma necessidade para desenvolver suas estratégias. “É preciso se conectar emocionalmente, criar uma boa história, que tenha a ver com o cliente, estar sempre ligado ao comportamento dele.”

Para garantir o sucesso de um negócio hoje é preciso seguir três passos: conhecer seu consumidor, segmentar seu público e posicionar seu produto. No entanto, conhecer o cliente é o fator mais relevante. Rossi afirma que, quando as empresas não questionam o consumidor, agem de forma míope, porque, se não oferece algo relevante para ele, a concorrência vai fazer isso.

Quem consome hoje?

Para o especialista, as mídias digitais e o período de crise transformaram o consumidor. Hoje ele é uma pessoa consciente dos seus direitos, não tem medo de reclamar ou pedir a troca de um produto e não é fiel às marcas. O cliente está no controle do relacionamento com as empresas. A internet também lhe proporcionou o poder de informação e ele muda rápido de opinião. “Um fato novo é que depois da crise o consumidor brasileiro procura simplicidade e rapidez. Ele quer algo que seja preciso e nada em excesso, ou seja o fator custo-benefício e a racionalidade. Ele procura coisas que preencham sua necessidade, nem mais nem menos. As marcas precisam entendê-lo da forma mais cirúrgica possível.”

Segundo Rossi, há também mudanças na hora de entender o consumidor. A novidade é que os planejamentos estratégicos futuros vão focar mais no conjunto de hábitos do que nos padrões de marketing já conhecidos. No meio virtual, o consumidor é impaciente. Ele procura uma resposta rápida. “Com a rede social tudo tem um alcance maior. Você vai fuçar no Google e vai achar a dinâmica de uma marca ou empresa.”

Além disso, o público tem preferência pelas marcas com valores sociais e que defendam causas e ideologias. “Marcas que fujam do padrão e conectem seu discurso social com a marca e o diferencial são as favoritas.”

Público segmentado

A segmentação ou separação dos públicos para escolher um alvo é importante para evitar o desperdício na empresa. Com consumidores exigentes, é preciso fazer uma estratégia detalhada para entendê-los melhor e gerar satisfação. É preciso parar e pensar: quem é o cliente? O que faz no dia a dia? Que sites frequenta? Quais assuntos lhe interessam?

Rossi afirma que a segmentação é útil para todo tipo de empreendedor, desde os pequenos vendedores até grandes empresários. “Alguns segmentos tendem a se beneficiar mais. Nesse caso é importante analisar os fatores geográficos, demográficos e comportamentais, mas aos poucos a construção da identidade ocorrerá de forma mais rápida e focada nos hábitos.”

Após segmentar e escolher o público-alvo é preciso se posicionar e para isso é importante criar um diferencial para sua marca. “Seu diferencial é algo que o consumidor vai guardar no seu coração e na sua mente. Você precisa ter um logo para transmitir e um ideal que seu concorrente não ofereça. Tem que ser algo além do preço.” Atualmente, a tendência é procurar por atitudes ou posicionamentos sociais, como, por exemplo, divulgar ideias de sustentabilidade.

E o especialista adverte para ter cuidado com um erro comum: “o posicionamento vem de fora para dentro, não mude seu slogan achando que vai chamar mais consumidores, seja coerente. Posicionamento é um diferencial que tem a ver com seu produto, você vai divulgar isso no seu atendimento, no seu comportamento nas redes sociais. Ele pode mudar, no entanto, não podemos alterar a essência da marca com a qual começamos o negócio.”

Se você é um empreendedor, confira algumas dicas do consultor Gabriel Rossi:

  • Fale sempre com o seu cliente. Mesmo que não consiga pesquisar sobre ele, tenha um diálogo direto e esteja antenado à realidade econômica e política do país, pois ela que influencia o cotidiano dele.
  • Questione-se sobre como o cliente vai reagir e o que seria uma vantagem competitiva para ele. Avalie o comportamento dele, que tipo de redes ele usa e que conteúdo consome.
  • Se você entendeu o seu público, crie um diferencial competitivo e transmita-o em todo lugar, desde o atendimento telefônico até a comunicação na mídia. Fortaleça sua marca.
  • Entenda que o consumidor vai mudar de comportamento rapidamente. Não foque só no produto, acompanhe o comportamento dele nas pesquisas, sites de opinião e lugares que visitou na internet.
  • Para os pequenos empreendedores:

  • Comunique-se com o consumidor sempre. Se vai abrir uma loja em outro lugar, conheça primeiro o bairro, observe a situação econômica do local, a concorrência, o humor das pessoas. O acesso do pequeno lojista ao cliente é mais fácil. Não esqueça que o mais importante é o comportamento do dia a dia.
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    Colaborador

    Por Katherine Changanaqui / Foto: Fotolia / Arte: Eder Santos