Cuidado com os golpes nos hospitais
Criminosos se passam por funcionários e ligam para familiares de pacientes internados
Com saúde não se brinca. Quem nunca ouviu essa expressão? Mas o local onde a saúde é assunto sério e quase sempre delicado tem se tornado espaço de brincadeira de mal gosto e uma verdadeira mina de ouro para os golpistas.
Criminosos estão se aproveitando do momento de dor dos familiares de pacientes para extorquir dinheiro deles. E isso tem acontecido em diversos hospitais do País. É o que informa o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), que tem recebido diversos relatos de consumidores. Eles contam sobre
falsas ligações de hospitais, em que golpistas se identificam como funcionários e solicitam ao familiar que efetue o pagamento de procedimentos médicos.
Os golpistas fornecem os dados do paciente, como informações sobre o estado de saúde e até o nome do médico que o acompanha. Na ligação, os criminosos informam que o paciente precisa fazer um procedimento médico e que ele não está autorizado pelo plano de saúde. A família, então, tem de efetuar o pagamento para a sua realização. A vítima realiza a transferência ou depósito bancário para uma conta de terceiros. Só depois percebe que a ação era um golpe.
Não caia nessa
É preciso manter a calma e não realizar nenhum pagamento até confirmar a veracidade das informações. Antes de fazer qualquer depósito, entre em contato com o hospital. Confirme também com a operadora do plano de saúde, pois ela saberá informar sobre a cobertura do plano. Não se sabe ainda como
os criminosos conseguem as informações.
O consumidor que cair no golpe pode pedir reparação dos prejuízos sofridos ao hospital e ao plano de saúde, principalmente se os golpistas tiverem fornecido dados pessoais e informações sobre a internação. Conforme o artigo 14 do Código de Defesa do Consumidor, o fornecedor de serviços responde pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços.
O Idec orienta entrar em contato com o hospital e o plano de saúde. Caso as empresas não resolvam o problema, recomenda-se registrar reclamação no Procon e/ou no site consumidor.gov.br, do Ministério da Justiça.