“Eu fazia tudo errado”
Conheça a história de Guilherme Tonin, o jovem que escolheu mudar de vida ainda na prisão
Guilherme Tonin (foto ao lado, à dir.), de 29 anos, tinha tudo para ter um final infeliz e devastador. Aos 13 anos, ele se envolveu com cigarros e bebidas e aos 16 anos começou a fumar maconha.
“Aos poucos fui conhecendo todos os tipos de drogas e me viciando em todas elas. Aos 19 anos já estava envolvido com tráfico de drogas e assaltos. Aos 23 anos fui preso e condenado a seis anos e dois meses por tráfico de drogas e porte de armas.”
Atrás das grades, Guilherme viveu os piores anos de sua vida. “Meu maior fundo de poço foi a prisão. Tenho vergonha de ter cometido homicídios e tráfico de drogas.”
Ele ficou 36 meses encarcerado na Casa de Custódia de Curitiba (CCC), localizada na Cidade Industrial, em Curitiba (PR). “Quando fui preso sabia que me tornaria uma pessoa muito pior do que já era. Eu fazia tudo errado dentro da prisão, me envolvi com más companhias e não acreditava em Deus.”
Foi nesse momento que Monique Salles, que hoje é esposa de Guilherme, conheceu o grupo Universal nos Presídios (UNP). Em uma de suas visitas, ela recebeu orientação espiritual dos voluntários da UNP que evangelizam nas portas dos presídios.
“Eu já a conhecia. Quando fui preso, nos reaproximamos. Só ela permaneceu ao meu lado, mesmo com todos os preconceitos. Ela não desistiu de lutar por mim.”
Semanalmente, o pastor Onésio Custodio Jorge, responsável pela UNP no Paraná, fazia reuniões dentro do presídio. “Eu ficava curioso em saber por que aquele pastor ia falar de Deus todas as quintas-feiras para quem nem acreditava nEle”, relembra.
O tempo passou e ele ganhou a liberdade. No momento em que a vida dele e de sua família parecia estar caminhando para um final feliz, Guilherme voltou a fazer tudo errado de novo. Ao perceber que o casamento estava prestes a acabar, o casal tomou uma atitude e buscou ajuda nas reuniões da “Terapia do Amor”. “Foi por amor a Monique que eu decidi reescrever minha história.”
Hoje, formado em logística e cursando a segunda faculdade, no curso de mecatrônica, Guilherme está livre das drogas e com a família e o casamento restaurados.
Colaborou UNP-PR