A importância do Espírito Santo para você sair mais forte do deserto

Entenda como ter o Espírito de Deus fez a diferença na vida de Aline Garcia

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Aos 23 anos, Aline Gonçalves Garcia (foto ao lado) considerava sua vida perfeita. Tinha uma família unida e abençoada. Seus pais estavam casados havia 35 anos e eram felizes, pois todos estavam na presença de Deus.

Ela se converteu aos 19 anos, meses depois teve seu Encontro com Deus, foi batizada com o Espírito Santo e logo começou a servir a Deus ao lado da mãe, que já era obreira da Universal. Antes era uma pessoa triste e vazia e que sofria com problemas espirituais; agora tinha paz, alegria e vontade de viver.

Contudo, um dia sua mãe foi diagnosticada com um câncer, que a levou à morte oito meses depois. Durante todo o período em que a mãe esteve doente, Aline se manteve confiante e usou a fé até o último instante, pois cria que ela seria curada. “Não foi fácil, mas eu acreditei até o último momento. No dia do velório eu tinha fé de que ela ressuscitaria.”

Não aconteceu, mas, mesmo assim, Aline enfrentou aquela perda com paz e tranquilidade. “Não foi um desespero para mim, pois sabia que ela estava com Jesus e sabia que era sua hora.”

A ação do diabo

Embora ela não tivesse consciência, seu deserto estava apenas começando e é no deserto que o mal intensifica seus ataques. Ele nos bombardeia com pensamentos de dúvida e usa quem mais amamos no intuito de sujar o nosso coração e tentar roubar a nossa fé. Com Aline não foi diferente. “Na minha cabeça vinham pensamentos negativos como ‘que tipo de obreira eu era que orava pelas pessoas e não podia curar a própria mãe?’”

A jovem tinha duas escolhas: rejeitar esses pensamentos ou alimentá-los. Ela escolheu a primeira opção. Toda vez que era bombardeada com isso, ia aos pés de Jesus e orava.

O diabo sempre vai se aproveitar dos momentos de fraqueza para tentar debilitar o cristão. Se ele fez isso com o próprio Senhor Jesus, por que conosco seria diferente?

Jesus estava em jejum havia 40 dias e 40 noites quando foi levado pelo Espírito Santo ao deserto. O diabo se aproveitou disso para tentá-lO: “E, chegando-se a Ele o tentador, disse: Se tu és o Filho de Deus, manda que estas pedras se tornem em pães.” Mateus 4.3.

O diabo fez isso com Aline. “Vinham muitas pessoas com câncer me pedir oração e eu nunca deixei de orar por elas, porque sabia que o mal queria me debilitar.” Entretanto, apesar das lutas que estava travando, principalmente no seu interior, em nenhum momento ela deixou que as emoções assumissem o controle de sua vida.

Desprezo

Por outro lado, o pai de Aline, que também era convertido e, supostamente, estava na fé, não teve a mesma estrutura emocional e, sobretudo, espiritual, para enfrentar a perda da esposa. Abandonou a fé e começou a se envolver em vários relacionamentos. Meses depois, colocou outra mulher dentro de casa. A partir dali surgiram os conflitos e o relacionamento entre pai e filha ficou abalado. “Ele passou a me tratar como uma estranha, já não conversava comigo. Eu sofri mais com o desprezo do meu pai do que com a morte da minha mãe.”

Em meio à dor da perda da mãe e do desprezo do pai, Aline se viu só. “Toda a minha família era contra a minha fé. Eu fiquei literalmente sozinha, como se estivesse num pesadelo, mas nunca questionei a Deus.”

O convívio com a madrasta e a indiferença do pai se tornaram cada vez mais difíceis, até que um dia, durante um desentendimento com a madrasta, o pai de Aline saiu em defesa da mulher e disse que se a filha não estava satisfeita era melhor que fosse embora. Ela foi. “Eu estava lutando contra os maus sentimentos e, para não deixar a mágoa e o ódio entrarem no meu coração, saí de casa. Eu não queria perder minha salvação.”

Ela passou a morar de favor, ora na casa de um, ora na casa de outro. Enfrentou humilhações e desprezo por parte de pessoas que, a princípio, pareciam estar lhe estendendo a mão. Por vezes, para não as incomodar, passava as noites na rua, ao relento. Chegou a dormir em uma rodoviária.

Mesmo diante de tantas adversidades, Aline nunca perdeu a confiança em Deus. “Uma coisa eu tinha certeza: o Senhor Jesus estava comigo. Eu gemi no deserto, mas Ele me levou nos Seus braços, colocou pessoas de Deus no meu caminho e depois de um ano nessa situação fui morar em outro Estado.”

Após relutar por um tempo, Aline aceitou morar com um tio em Florianópolis, capital de Santa Catarina, sob a condição de que em hipótese alguma deixaria de ir à Universal, não abriria mão da fé. Ele concordou.

Assim que chegou, conseguiu um trabalho e passou a ajudar nas despesas da casa. Tudo ia bem até o dia em que, durante um almoço de família, o tio lhe fez uma proposta: daria a ela um carro e pagaria a faculdade se ela deixasse de ser dizimista e de ir à Igreja. Aline rejeitou imediatamente, ressaltando que Deus estava em primeiro lugar na vida dela. Mais uma vez, passou a sofrer desprezo e humilhações.

Firme com Deus

Contudo, dentro dela havia a certeza de que Deus era com ela. “Eu tinha certeza de que Deus estava preparando algo para mim. Nunca me passou pela cabeça sair da presença dEle. Eu ia todos os dias para a Igreja. Via que Jesus me carregava no colo.”

Passados alguns meses da tal proposta, Aline conseguiu um bom trabalho, adquiriu estabilidade financeira, alugou um apartamento e foi morar sozinha. Foi nessa época que conheceu o esposo, Leonardo Portocarrero, com quem está casada há 11 anos.

Hoje, aos 38 anos, Aline mora na Argentina com o esposo e o filho, de 9 anos. “Sou casada com um homem de Deus, temos uma empresa próspera, um filho e, sobretudo, temos paz.”

Quanto ao pai, Aline nunca deixou de falar com ele. Embora ele não a procurasse, ela sempre telefonava para saber como ele estava. “Nunca fiquei com ódio dele, tanto é que alguns dias depois de sair de casa liguei e pedi perdão a ele, mesmo sabendo que não tinha feito nada.”

Reações diferentes

Tanto Aline quanto o pai dela frequentavam a Universal, ouvindo e se alimentando da mesma Palavra, no entanto, cada um reagiu de uma maneira quando foi levado ao deserto.

Qual a razão de algumas pessoas, apesar de estarem dentro da Igreja, serem sinceras, conhecerem e obedecerem à Palavra de Deus e, inclusive, já terem tido experiências com Deus, sucumbirem diante das lutas? E por que outras, diante das mesmas lutas ou até maiores, se mantêm firmes na fé, resistem a tempestades e vencem? De onde vem essa força de Aline e que faltou ao pai dela? A resposta é uma só: do Espírito Santo.

“Eu suportei tudo isso porque tenho o Espírito Santo. Sei que se tivesse passado por todas essas lutas antes de conhecer o Senhor Jesus não estaria aqui para contá-las.”

Se você deseja essa força que somente aqueles que são selados com o Espírito Santo possuem, aproveite o Jejum de Daniel. São 21 dias em que você se separa para Deus para receber o selo do batismo com o Espírito Santo.

“Porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo, a nossa fé.” 1 João 5.4.

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Colaborador

Por Jeane Vidal / Fotos: Fotolia e Arquivo Pessoal