“Mesmo com tudo aos meus pés, me faltava algo”
Alison Stange Berto tinha mulheres, drogas, carros e muito dinheiro, mas relata que, na verdade, não tinha nada. Saiba o que ele fez para mudar a própria história
Alison Stange Berto, de 25 anos, cresceu em meio a brigas em casa. O jovem, que apanhava muito do pai, também o via – sob efeito do álcool – bater em sua mãe e irmão. “Ele chegava alcoolizado todos os dias e, sem motivo, nos agredia, até chegar ao ponto de minha mãe se separar dele. Foi quando as dificuldades chegaram. Passamos fome”, recorda. Alison, então com 15 anos, precisou arregaçar as mangas e trabalhar para ajudar em casa.
Como uma forma de lidar com sentimentos desconhecidos, passou a usar drogas. “Comecei a fumar cigarro e maconha. Logo conheci novos amigos, o que favoreceu para que me aprofundasse nos vícios.” Aos 17 anos, ele conheceu a cocaína e, com o término de um relacionamento amoroso, caiu em depressão e passou a usar crack.
Envolvido com drogas, logo recebeu um convite para se tornar o braço direito de um homem considerado o maior traficante de Braço do Norte, cidade localizada no sul de Santa Catarina. “Eu tive drogas, mulheres, carros e muito dinheiro. Mas, passado o tempo, comecei a perceber que aquilo não era bom. Não era o que queria para minha vida. Mesmo com tudo aos meus pés, me faltava algo.”
Fora de controle
Ao ver o filho se afundando nas drogas, Adelicia Stange Berto, mãe de Alison, passou a frequentar as reuniões da Universal e a buscar pelo filho. Mas o orgulho e o fato de achar que não precisava de ajuda fizeram com que Alison se tornasse resistente a cada convite feito por ela para ir à Igreja.
Entretanto, tudo passou a ir de mal a pior. “As vendas das drogas caíram; aqueles que se diziam meus amigos me passaram para trás. Com tudo fora de controle, comecei a usar mais drogas. Até que uma noite – me lembro até hoje – dobrei meus joelhos e disse: ‘Deus, se o Senhor é comigo, vou deixar tudo e passar a acreditar no Senhor.’ No dia seguinte pedi para minha mãe me levar à igreja, pois tinha certeza de que seria curado.”
E foi o que aconteceu. Aos poucos, ele também foi aprendendo a ter uma vida com Deus. Precisou, inclusive, se libertar dos ressentimentos que nutria. “Levei um tempo para perdoar meu pai e o que me levou a perdoá-lo foi ouvir uma mensagem do Bispo Macedo dizendo que Deus ama quem honra pai e mãe. No mesmo instante fiz uma ligação para ele perdoando-o e dizendo o quanto o amava.”
Hoje, Alison está livre de tudo que o aprisionava. “Agora sei viver um dia após o outro, sei lidar com as dificuldades e lutas. Tenho Deus, tenho muito mais do que posso sonhar. Posso dizer que sou feliz.”
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