Pague o preço da vida confortável
Todo ser humano busca conforto. É algo natural, por uma questão de autopreservação. Isso ocorre sempre. Observe que, quando sentamos na cadeira, sempre buscamos uma posição confortável, mas, depois de algum tempo, começamos a nos mexer para não ficarmos cansados. Até para dormir buscamos a melhor posição. Buscamos conforto na companhia de alguém, no que ouvimos e no que assistimos. Toda hora o ser humano busca um tipo de conforto.
Mas há um problema nisso: na maioria das vezes, a mudança, o progresso na vida, depende de um desconforto. Você só vai mudar para melhor, progredir na vida, ao se forçar, ao passar pelo desconforto. A mudança depende de você estar desconfortável. Afinal, esforço não é confortável, mudança de hábito não é confortável. Por exemplo: a pessoa que quer mudar de carreira vai ter de estudar. O estudo é uma forma de desconforto porque exige tempo e esforço mental. Você vai ter que absorver esse conhecimento, mas, se passar por isso, você poderá ter a profissão em que deseja se estabelecer.
Perceba que toda mudança gera desconforto – e, se você não passar por ele, não conseguirá o que quer.
As grandes conquistas que tive na minha vida foram desconfortáveis. Quando eu quis namorar a Cristiane, tive que sair da minha zona de conforto, mas eu me casei com ela! A vida que tenho com Deus hoje, a paz, o perdão, tudo isso veio por meio de muito desconforto. Tive que deixar amizades, hábitos e tomar atitudes que não foram fáceis. E colhi frutos!
Se eu quero melhorar, continuar no caminho certo, não posso buscar o mais fácil. Você está com sua vida toda fora de forma, mas, se avaliar seu histórico, verá que você só faz o que quer. No que isso vai dar? A vida não é feita somente daquilo de que gostamos. Você não vai encontrar uma vida em que possa apenas satisfazer suas vontades. Essa vida não existe. O preço de fazermos o que gostamos é termos que fazer, antes, o que não gostamos. O preço da vida confortável é o desconforto.