Quando tinha uns 9 anos de idade, me apaixonei por um menino na escola.
E jamais me esqueci do que passei a partir dali. Meus colegas descobriram, eu não sabia disfarçar, estava encantada pelo garotinho.
Então ali, começou o maior tormento, que se estendeu por toda a minha vida de estudante. Fui tachada de todas as formas terríveis de apelidos, alguns machucavam tanto que carreguei até a adolescência.
O menino começou a me maltratar também, e foi muito difícil para mim superar a rejeição e o desprezo de todos.

Na escola eu mal sorria, não tinha amigas. Eu me odiava. Por mais que minha mãe me arrumasse, eu sentia repulsa de mim mesma.
Quando vejo alguém cometer bullying contra outros, ou escuto relatos assim, lembro e entendo perfeitamente o que é ser rejeitado.

Hoje eu não poupo sorrisos. Hoje ao olhar para trás, vejo que tudo poderia ter sido diferente, se eu tivesse encontrado uma boa amiga, ou alguém para me ouvir. Mas também sei que nada acontece sem um propósito, e inevitavelmente, sempre vem a mim quem já sofreu algo assim ou parecido.

Devemos sempre dar testemunho do que Deus faz, mesmo aquilo que parece o mínimo para você é muito para outros.

Hoje me sinto realizada em sorrir, em me olhar no espelho, tirar uma foto. Tenho poucas fotos da infância e quase nenhuma da adolescência, pois me odiava, mas hoje é diferente, tenho várias, porque me amo.

Para você que sente o mesmo que eu sentia antes, saiba que entendo você, e Deus também lhe entende perfeitamente. Ele foi humilhado, foi desprezado, foi maltratado, foi deixado de lado. Por isso, pode lhe ajudar. Conte com Ele.

Se AME, ninguém é igual. Se ACEITE!
#tksGod #amorproprio #sejafeliz

Carina – Porto Alegre – RS