“(…)Amas-Me mais do que estes?(…)”

O Senhor Jesus perguntou ao Seu discípulo três vezes sobre o amor que ele sentia pelo Seu Mestre. As perguntas incisivas e repetidas deixaram Pedro triste, mas é compreensível o questionamento, já que três vezes Pedro O negou.

O impulsivo e convencido Pedro declarava sempre tanto amor pelo Senhor Jesus e chegou a exclamar: “Mesmo que todos te abandonem, eu nunca te deixarei!”, ou seja, outros podem trai-Lo Senhor, mas eu nunca.

Como erramos nos conceitos a respeito de nós mesmos. Julgamo-nos tão leais, tão espirituais, tão corretos…outros podem falhar, mas nós, não.

Por isso, a pergunta de Jesus foi certeira, afinal, Pedro não amava mais do que os outros, como ele imaginava.

Ao término do diálogo, o discípulo percebeu que o seu amor ainda era tão frágil, tão débil.

Logo vemos que o Senhor sabe provocar a tristeza, para extrair o engano, como um habilidoso cirurgião corta um corpo para remover um tumor maligno. As dores que o Salvador provocam visam salvar o paciente moribundo prestes a morrer, sem se dar conta disso.

Agora quanto a prova do amor, o Senhor Jesus também ensinou. Quem ama apascenta os cordeirinhos e as ovelhas. Amor não são palavras. Amor é serviço.

Pedro chegou a usar até a espada para defender o Senhor Jesus diante dos soldados, mas não era isso que o Salvador queria. Não se tratava de bater nas ovelhas, mas cuidar delas.

Então, quem diz amar Jesus deve tomar essas palavras para si.

Não podemos ter indiferença frente ao sofrimento das pessoas. Apascentar é levar o Evangelho de todas as formas possíveis, como o nosso Senhor fez.