“Desta semana ele não passará”

Carlos de Souza teve a morte decretada pelos médicos

Imagem de capa - “Desta semana ele não passará”

Carlos Diógenes de Souza, que tem 64 anos e trabalha na construção civil, conta que levava uma vida tranquila e era saudável, mas, em junho de 2018, durante o trabalho, sentiu uma dor abdominal aguda. Ele foi ao pronto-socorro às pressas, foi medicado e liberado, mas não foi suficiente.

Ele diz o que aconteceu: “depois deste dia, retornei três vezes ao pronto-socorro. Realizei alguns exames e, na terceira vez, o médico disse que eu poderia estar com infecção no baço, no fígado e nos rins”.

Ele foi internado e permaneceu no hospital por 52 dias. Carlos relata o que causava as dores: “era um líquido que estava na minha barriga e invadiu meus pulmões. Em decorrência disso, tive um derrame no coração. Depois, me recuperei e voltei para casa, mas, depois de 12 dias, voltei ao hospital porque comecei a perder os movimentos do corpo”.

Os médicos realizaram vários exames para tentar identificar o que estava acontecendo com ele. Segundo ele, as veias começaram a afinar, seus rins estavam parando e seu fígado já não produzia mais proteínas. Ele afirma que a barriga inchava cada dia mais por conta daquele líquido. “A cada 15 dias, os médicos tiravam o líquido do meu abdômen e dos pulmões. Eram cerca de oito litros de cada vez. Antes, eu pesava 72 quilos e passei a pesar apenas 36 quilos após a internação. Minha situação era preocupante”, lembra.

TENTATIVAS
A equipe médica implantou dois cateteres em Carlos: um para retirar sangue para realizar exames e outro para fazer hemodiálise. Ele foi submetido a uma biópsia no fígado e fez ultrassons, raios X, colonoscopia, endoscopia, tomografias e até uma cirurgia de vídeo, tendo em vista que os médicos consideraram que ele poderia estar com câncer no peritônio. O câncer foi descartado, mas não se chegou a um diagnóstico definitivo. Apenas se sabia que Carlos estava com infecção nos rins e no fígado.

Na semana do Dia dos Pais, os médicos se reuniram com a família dele e explicaram que tinham buscado diversos recursos com o intuito de obter resultados positivos, mas a equipe estava descrente na reversão do quadro dele. “Os médicos disseram aos meus familiares: ‘o paciente está há muito tempo internado e já não está suportando mais. Se vocês tiverem alguma religião, sugiro que se apeguem a ela, posto que desta semana ele não passará’”, lembra Carlos.

Apesar do prognóstico médico e mesmo sem um diagnóstico fechado, ele sobreviveu àquela semana e, depois de mais algumas, apresentou melhora significativa e recebeu alta hospitalar. Ele foi para casa em uma cadeira de rodas, já que não conseguia andar.

Uma semana depois, ele foi levado diretamente para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), pois seu quadro se agravou severamente. Ele passou a fazer hemodiálise três vezes por semana, pois seus rins estavam entrando em falência, segundo os médicos. “Quando eu estava na UTI, eu disse: ‘filho, tire uma foto de mim, porque tenho certeza de que darei o testemunho do milagre que Deus fez na minha vida’”.

Insuficiência renal

A insuficiência renal é uma condição na qual os rins perdem a capacidade de efetuar suas funções básicas, sendo que a principal delas é filtrar o sangue, eliminando resíduos tóxicos presentes na circulação que são resultantes do metabolismo corporal.

A falta de absorção de glicose e proteínas contribui para o mau funcionamento dos rins.

A insuficiência renal é progressiva e causa sintomas como cansaço, falta de apetite, pele seca, aumento da frequência da necessidade de urinar, dificuldades de concentração e inchaço em algumas regiões do corpo.

O tratamento, em geral, envolve hemodiálise. Nela, as toxinas e os minerais excessivos são eliminados com auxílio mecânico. A máquina realiza parte da função dos rins, limpando o sangue.

Em casos mais graves, pode ser necessário o transplante renal.

FONTE: MINISTÉRIO DA SAÚDE

FÉ EM PRÁTICA
Passado um mês, Carlos entrou em isolamento e ficou impossibilitado de receber visitas. Sua esposa, a autônoma Márcia Rohem de Souza, de 51 anos, manifestava a fé na luta pela vida do marido. Para isso, ela participava da Corrente dos 70, que ocorre às terças-feiras na Universal. Antes do isolamento, aos domingos, ela levava a água consagrada para ele. “Eu não dava ouvidos ao que os médicos diziam. Fui para o Altar e confiei no Único que poderia salvar meu marido. Quando ele foi levado para o isolamento, foi o momento mais doloroso para a nossa família. Eu o via perdendo as forças, pois ele nem conseguia tomar banho sozinho e tinha muita falta de ar. Deus , porém, nunca nos desamparou. Eu sempre confiei que o Carlos seria curado”, diz ela.

Carlos conta como estava: “fui levado à clínica para fazer hemodiálise. Tive três paradas cardíacas em um intervalo de 30 minutos e não consegui concluir a transfusão de sangue. Foi necessário finalizá-la na UTI e, depois disso, fui transferido para o isolamento novamente”.

Nessa mesma noite, foi preciso retirar o cateter do pescoço de Carlos, pois as suas veias estavam muito finas e o acesso, então, foi inserido na virilha.

Durante a madrugada, a neurologista solicitou novos exames, mais uma vez na tentativa de encontrar o diagnóstico. “Pedi às enfermeiras para que me ajudassem a ficar de joelhos, para que eu pudesse falar com Deus. Eu disse: ‘Senhor, até agora os médicos não sabem o que está acontecendo comigo. Tenha misericórdia de mim. Minha carne está fraca, ainda assim meu espírito permanece forte. Salve minha vida!’”

No dia seguinte, Carlos foi transferido para um hospital especializado em rins e fígado e existia a possibilidade de precisar de um transplante de órgãos. Àquela altura, já tinham sido realizados mais de 300 exames sem resultado e ele já não aguentava mais.

Foi quando ele soube do propósito da Fogueira Santa e, decidido a sacrificar, foi à Universal carregado por algumas pessoas, pois ainda não tinha movimento nas pernas. Ao lado da esposa, ele entregou seu voto no Altar de Deus e, naquela mesma semana, começou a dar alguns passos sozinho.

Ele voltou ao hospital para fazer o acompanhamento com o médico e o profissional se surpreendeu ao vê-lo bem e andando. “Os médicos que me acompanhavam estavam olhando para mim e sorrindo, pois sabiam exatamente o que passei. Minha barriga já não estava mais inchada, não havia mais líquidos e eu estava voltando a andar gradativamente. Deus restaurou minha saúde e transformou meu ser de dentro para fora. Toda honra e glória ao Senhor Jesus”, afirma.

Depois dos exames, a médica disse que o caso de Carlos é considerado um milagre. Ele teve alta definitiva e seis meses depois voltou a trabalhar. Hoje, ele afirma que toda a luta que enfrentou renovou a sua Fé e seus votos com Deus.

Cura total pela fé

Você também pode usar a fé para obter a cura para si mesmo ou um familiar. Participe da Corrente dos 70, que ocorre todas as terças-feiras na Universal.

No Templo de Salomão, em São Paulo, os horários são às 10h, 15h e 20h. Você também pode participar em uma Universal mais próxima.

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Colaborador

Kaline Tascin / Fotos: Cedidas e Demetrio Koch