Não é de hoje que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tem tomado decisões que geram muitas controvérsias, a exemplo de quando, em agosto de 2021, determinou que a plataforma de vídeos YouTube suspendesse o repasse financeiro a canais de pessoas conservadoras. Isso, sob a alegação de que estas “comprovadamente” desinformavam e propagavam notícias falsas sobre eleições e atuavam “atacando a democracia”. Relembre o fato, clicando aqui.

E, mais recentemente, rejeitou pedido de Bolsonaro, mas aceitou o de Lula — acerca da remoção de uma propaganda de campanha em que os fatos foram considerados “ofensivos à honra do candidato” — , sob a mesma justificativa (“… a liberdade de expressão para realizar imputações que, em tese, podem caracterizar crime de calúnia, injúria ou difamação ou que não observem a garantia constitucional da presunção de inocência.”). Clique aqui e leia mais.

O que podemos analisar:

Mesmo diante deste claro exemplo, onde se estabelece a máxima “dois pesos, duas medidas”, muitas pessoas ainda se mostram céticas no que diz respeito ao TSE estar extrapolando muito os limites de suas atribuições e, ainda, principalmente, em pleno período eleitoral brasileiro.

Entretanto, nunca é tarde para esclarecer e mostrar a verdade. Especialmente, se pudermos analisar um argumento vindo de uma voz da imprensa.

Em sua coluna semanal, publicada em um dos mais importantes jornais impressos do País, nesta quarta-feira (26), o jornalista JR Guzzo explicitou sua opinião diante dos fatos que compreende o posicionamento que o TSE tomou para si em favor de uma candidatura, neste caso, a de Lula.

O que vale ressaltar:

• Na coluna, o jornalista diz que “nunca antes, na história das eleições nesse país, um candidato usou tanto a posição de força que tem no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para censurar o que o seu adversário de campanha diz nos órgãos de imprensa e nas redes sociais”. Ao mesmo tempo que “nunca houve um TSE como esse – um organismo de Estado que abandonou sua obrigação de operar de maneira neutra o mecanismo da votação e apuração dos votos (…)”.

• Guzzo pontuou uma fala de Lula sobre a Covid-19, quando disse que ‘a natureza’ tinha feito um grande favor ao Brasil, pois só assim as pessoas aprenderiam a ‘importância do Estado’. E, ao comentar que essa fala entre outras são coisas que Lula exige que o TSE proíba a divulgação (e o TSE concorda), então, declara: “se ele pensa assim, por que não tem a coragem mínima de assumir a responsabilidade pelo que disse há tão pouco tempo, e disse com tanta empáfia?”.

• Em sua conclusão, o jornalista aponta: “A verdade é que Lula não tem convicção séria nenhuma – só tem interesses, e só diz o que lhe parece render mais proveito pessoal no momento em que está falando (…) Lula chega à véspera da eleição fazendo um esforço extraordinário para mostrar ao eleitor que ele não pensa nada sobre coisa nenhuma; acha que é mais seguro, para sua candidatura, não se comprometer com coisa nenhuma e ficar na repetição de bobagens que lhe rendem palmas nos auditórios do PT – do tipo “eu vou devolver a felicidade a este país (…) É esse o seu projeto de governo.”

Para você considerar:

Estamos às vésperas do segundo turno das eleições de 2022. E, eleição é um assunto sério, porque define o destino de uma nação toda. É muito importante você considerar esta leitura e fazer uma avaliação sobre o que é, verdadeiramente, relevante observar para a sua decisão na hora de eleger o Presidente da República e, em alguns estados, também o governador.