Encontro de Guerreiros na África

Em um dia histórico, a Universal promoveu um encontro de tribos em vários países africanos

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O que aconteceria se tribos africanas temidas por muitos povos fossem reunidas em um só lugar? Provavelmente, o encontro seria marcado por um embate entre elas. Mas não foi o que ocorreu no Encontro dos Guerreiros, em 11 de setembro, evento promovido pela Universal no continente africano em prol da paz.

O Bispo Edir Macedo, líder da Igreja Universal, conduziu a reunião que aconteceu na Catedral de Soweto, em Johannesburgo, na África do Sul, e reuniu 21 mil pessoas no local. Outros 34.657 sul-africanos acompanharam a reunião por videoconferência. O encontro ainda foi transmitido ao vivo para mais 32 países do continente africano, que também promoveram o evento com tribos locais simultaneamente. No total, foram mais de 117 mil participantes.

Vestindo seus trajes típicos e entoando cânticos, diversas tribos compareceram ao encontro. “Estarmos aqui todos juntos muda aquela ideia errada de que a igreja separa as pessoas e quer que as pessoas deixem suas culturas. Hoje é a prova de que isso não é verdade”, declarou Nomthandazo Manana Im, da tribo swati.

Encontro inédito
Entre as tribos presentes estavam duas das mais temidas: a dos zulus, da África do Sul, e a dos massais, do Quênia.

Os zulus compõem o maior grupo étnico da África do Sul, com aproximadamente 11 milhões de pessoas. Já em relação aos massais, estima-se que sua população gire em torno de um milhão de pessoas. Os dois grupos nunca tinham se encontrado. “Nós nunca pensamos que seria possível que isso acontecesse na África. Ver todos eles juntos é algo que nos deixa muito felizes”, disse Boitumelo Kheone, da tribo pedi.

Em um continente marcado por conflitos tribais, o encontro foi um marco histórico não só para a Universal, mas também para o povo africano. O Bispo Marcelo Pires, responsável pela Universal nos países africanos de língua inglesa e francesa, destacou que esse é o resultado de um trabalho respeitoso promovido pela instituição desde a sua chegada ao continente, há 30 anos. “Vieram aqui homens que não se misturam com política, muito menos com outras tribos ou religiões. Infelizmente, ainda existem muitos confrontos tribais no país, mas eles estão aqui, sobretudo, porque se sentem respeitados”, disse.

A presença da família real zulu surpreendeu a todos, pois ela convive apenas com os integrantes da própria tribo. “Por muitos anos éramos divididos, não nos reuníamos, e hoje isso está acontecendo”, declarou o príncipe Vanana Zulu. Ao término da reunião, ele presenteou o Bispo Macedo com um traje que só é concedido aos grandes guerreiros. “Nós demos essa roupa para o Bispo Macedo porque ele também é um guerreiro, alguém que não tem medo, que é valente e tem fé”, afirmou Vanana. Os massais também demonstraram sua gratidão pelo trabalho feito pela Universal entregando ao Bispo Macedo e ao Bispo Marcelo Pires cajados usados apenas por líderes tribais. “Nós viemos aqui para sermos abençoados e depois de recebermos essa bênção vamos voltar para o Quênia, para o nosso povo, e vamos levar essa bênção a eles”, disse o líder da tribo massai, King Peli.

“Céu na Terra”
Para o Bispo Macedo, o encontro foi a realização de um sonho. “A alegria vem do Alto, vem do Espírito, porque um sonho que eu tinha era levar o Evangelho a toda criatura e hoje estamos realizando este sonho aqui, uma coisa inédita na história deste país”, celebrou. O Bispo destacou o critério de Deus para escolher alguém: “esse povo foi um povo muito sofrido, muito injustiçado, e é justamente o povo que Deus escolhe. Deus não escolhe os ilustres, os poderosos, os sábios, não. Deus escolhe os humilhados, os envergonhados, os injustiçados, os caluniados, os perseguidos, os pobres. Onde há essa gente, nós estamos lá e ficamos felizes de estarmos aqui em Soweto porque é um céu na Terra”, finalizou.

Apenas na África do Sul, o país mais desigual do mundo, segundo o Banco Mundial, a Universal mantém oito programas sociais, que contam com cerca de 5 mil voluntários e alcançam moradores de comunidades carentes, idosos, pessoas em situação de rua, jovens, doentes, agentes de forças de segurança, detentos e dependentes químicos. Em 2021, mais de 430 mil
sul-africanos foram beneficiados por essas ações.

* Com informações do programa Domingo Espetacular, da Record TV, de 18 de setembro de 2022

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Colaborador

Núbia Onara / Fotos: cedidas