Você sofre de cegueira emocional?
Renato e Cristiane Cardoso explicam o que é e como ela afeta a vida amorosa. Saiba mais
Frequentemente, vemos na mídia casos de anônimos e famosos que, levados por uma paixão ,entraram em um relacionamento amoroso mesmo sabendo do histórico agressivo e de infidelidade do parceiro. Elas escolheram fechar os olhos para os defeitos da pessoa amada e seguir em frente com o relacionamento. O resultado disso podemos acompanhar nos noticiários.
Repercutiu na mídia:
A modelo Nicole Bahls, mesmo tendo sido avisada que o então noivo, Marcelo Bimbi, a traiu dois dias antes do casamento, ignorou o fato e se casou. Tempos depois, ela descobriu outra traição o que resultou no fim do casamento.
Swellen Sauer, ex-namorada da cantor Nego do Borel, mesmo sabendo do comportamento agressivo dele com a própria mãe, seguiu em frente no relacionamento. Swellen conta que o namorado tentou enforcá-la com o fio do carregador do celular, e que foi alertada por várias pessoas sobre o uso de drogas que ele fazia, mas fez vistas grossas porque estava apaixonada. A história se repetiu posteriormente com a atriz Duda Reis, que chegou a ficar noiva do cantor e após 3 anos de relacionamento, por fim, o denunciou por abuso, agressão e manipulação.
E o que dizer daquele que já foi o casal mais amado de Hollywood? Angelina Jolie e Brad Pitt ficaram juntos por 11 anos, no entanto, o extenso histórico de uso de álcool e drogas pelo astro sempre foi conhecido de todos. Certamente, de Angelina também.
Por que isso é importante:
De acordo com os autores do livro Namoro Blindado, a maioria dos divórcios começa no namoro, pelo fato de a pessoa não ter visto os sinais ou viu e os ignorou. Para Cristiane, o que ocorre é que as pessoas costumam justificar essa cegueira emocional com o amor que sentem ou não têm a capacidade de identificar o que é um problema grave no relacionamento que vai explodir lá na frente.
Dicas de Renato e Cristiane:
- “Se você quer ser feliz no amor tem que ser capaz de identificar os sinais que apontam para um relacionamento trágico. O sinal aponta para algo. É uma pequena demonstração de algo maior. Então, quando a gente fala de sinais que a pessoa tem que prestar atenção no relacionamento não são coisas aleatórias, mínimas, corriqueiras, são coisas importantes, que agora podem ser pequenas, mas que apontam para algo muito maior que pode ser desastroso lá na frente”, alerta Renato.
- Observe como ela lida com os problemas: “Ela sai quebrando tudo, xingando? Ela briga, bate, agride? O que ela faz? Ela enche a cara?”
- Para conhecer uma pessoa, basta observar como ela reage em situações de tensão e dificuldade, ensina o apresentador.
Autoengano:
Infelizmente, assim como nos casos citados acima, muitas pessoas, mesmo sabendo que estão sendo traídas pelo parceiro, mesmo tendo conhecimento do seu envolvimento em coisas ilícitas, preferem fingir não saber a ter que tomar uma decisão na sua vida. No entanto, é um autoengano, pois a vida vai tomar a decisão por ela. É o mesmo que descobrir o início de um câncer e achar que ele não vai se desenvolver, compara o apresentador.
O que diz os especialistas sobre cegueira emocional:
A psicóloga Maura Albanesi explica que a cegueira emocional é caracterizada justamente pela repetição.
- “A pessoa está sempre agindo e interagindo com as situações e com as pessoas da mesma forma, e isso vai causando muita dor e muito ressentimento (…). A pessoa não enxerga, porque está tão acostumada a viver e a interagir com as pessoas de uma determinada maneira que ela passa a achar que isso é normal, que a vida é assim. Então, ela vai criando uma tolerância exagerada a situações desagradáveis em que ela afirma e confirma o tempo inteiro que é assim e pronto. Não existe um prazo para a ficha cair, vai depender do quanto essa pessoa suporta viver algo desagradável”, esclarece.
Senso de valor próprio:
- “Você tolera um relacionamento onde há desrespeito, mentiras, xingamentos, abusos, traição? O que isso fala a seu respeito? No mínimo, que você não tem senso de respeito próprio, que os seus padrões estão lá embaixo, que você tem uma carência maior do que o senso de valor próprio, e por causa dessa carência você se sujeita a isso tudo na relação”, afirma Renato.