Desafio com fim trágico
Jovem britânico está internado após participar de desafio que consiste em ser asfixiado até desmaiar
- O mundo viu mais um adolescente ser vítima de um perigoso desafio propagado na internet. Archie Battersbee, de 12 anos, foi encontrado inconsciente pelos pais em abril, com um cordão no pescoço. De acordo com a mãe, o garoto aceitou fazer um desafio chamado “apagão”, que consiste em se asfixiar até desmaiar. Infelizmente, desde então ele não acordou mais.
- Ela fez um alerta aos pais, dizendo que todos precisam estar cientes do que circula na internet, a fim de proteger os filhos contra conteúdos apresentados como “brincadeira”, mas que podem ser fatais. “Acho importante os pais saberem sobre esse tipo de coisa e dizer que Archie estava copiando um desafio que viu nas mídias sociais”, disse Holly.
- O garoto segue internado no hospital e é mantido vivo por aparelhos no Royal London Hospital, segundo o Daily Mail.
Entenda:
- Poucas horas ou minutos de descuido na infância podem ser suficientes para uma catástrofe acontecer. Há responsáveis que pensam que por o filho estar entretido diante de uma tela, mas dentro de casa, estão a salvo. Ledo engano.
- Durante encontro no Templo de Salomão, o Bispo Renato Cardoso falou sobre os perigos existentes no mundo virtual, tanto para os jovens (filhos) como para muitos adultos (pais).
- “As pessoas entram em outro mundo quando navegam na internet. Não há cérebro humano, não há tempo para uma pessoa nem sequer consumir tudo o que há disponível nela e lidar com a gama de informações, não só positiva, mas, principalmente, com o lixo que há na internet. Se nós, adultos, não temos capacidade emocional, mental e tempo para lidar com tudo isso, imagina uma criança ou um adolescente…”, refletiu o Bispo Renato Cardoso
Cristiane Cardoso pontuou que esse problema não se limita apenas à internet, mas também a outros conteúdos ficcionais que os filhos tem acesso. - “É um mundo desconhecido, que muitos pais não dão atenção. (O seu filho) fica assistindo a filmes, vídeos, séries, vivendo um mundo virtual, se alimentando da ficção. Quando você vê uma criança cheia de raiva, às vezes, até com vontade de morrer, se cortando, deprimida, tendo comportamentos estranhos, de onde ela está pegando isso? De outros mundos, porque o mundo virtual tem vários mundos dentro dele”, falou.
O que os pais devem fazer:
- Em primeiro lugar, o Bispo orienta os pais a se interessar de forma sincera com a vida e interesses do filho, criando proximidade.
- “Não no sentido de bisbilhotar, mas no sentido de tomar interesse pelo que se passa naquela cabeça. Quais são as suas alegrias, tristezas, dificuldades, gostos (…) Porque quando você se interessa pela vida de alguém, genuinamente, não no objetivo de controlar, você cria intimidade. Procure torcer, se importar, ouvir, perguntar e buscar entender, mesmo que você discorde ou ache que é uma tolice. Isso vai gerar proximidade. O contrário disso gera afastamento”, disse.
- Em segundo lugar, os responsáveis não devem proibir, mas estipular limites e ter diálogo. “A proibição, normalmente, promove mais ainda a curiosidade e a criatividade da criança para burlar as proibições. Estamos falando limitar. O limite é uma coisa que as crianças e os adolescentes precisam aprender, não só com respeito ao celular e à internet, mas a tudo na vida. Não é brigar, proibir, gritar. É sentar, conversar, ouvir, orientar. Já que você não pode impedir que tantas vozes deste mundo cheguem até ele, então, converse com ele sobre essas vozes. A voz que tem que prevalecer na cabeça do seu filho é a sua. E, principalmente, que o seu filho se interesse em ouvir também a Voz de Deus”, orientou.
Vale a pena notar:
Se você quer aprender mais a respeito desse e de outros assuntos, esteja neste domingo especial. A palestra acontece no Templo de Salomão, na Avenida Celso Garcia, 605, zona leste da capital paulista.