O mundo quis levar seus filhos, mas a Fé não deixou
Francisco e Evanilda Moura viram na Fogueira Santa a única alternativa de Salvação para a sua família
O marceneiro Francisco Moura, de 46 anos, e sua esposa, a cozinheira Evanilda Maria Moura, de 39 anos, educaram seus filhos – Erick Moura, vendedor, de 21 anos, e Fabrício Moura, ajudante de almoxarifado, de 19 anos – amparados nos princípios bíblicos.
Durante a infância deles, a família vivia em harmonia, mas, quando eles chegaram à adolescência, problemas surgiram. “As amizades de escola foram os influenciando e percebemos que estavam se afastando de Deus”, conta Francisco.
Erick lembra que seu pai lhe dava bons conselhos e estava sempre à disposição para ajudá-lo, mas a vida dos primos, de baladas, drogas e namoradas, começou a ficar mais interessante aos seus olhos. Foi quando ele passou a mentir para esconder dos pais o que estava fazendo de errado. Ele omitia os lugares a que ia e afirmava que não usava droga quando, na verdade, bebia e fumava tabaco e maconha: “eu vi que meu pai estava tentando me ajudar, mas eu não queria ser ajudado naquele momento”.
Fabrício passou pela mesma experiência: “quando chegava segunda-feira, na escola, os colegas contavam sobre o final de semana deles e que tinham ido a festas, bebido e ficado com várias garotas. Aquilo chamava minha atenção e me fez perder a visão das coisas de Deus”.
A verdadeira razão
Apesar de não se sentir bem frequentando aqueles lugares, Erick ia por causa das amizades: “eu sempre demonstrei que era uma pessoa feliz, mas, dentro de mim, havia um vazio enorme”. Fabrício também assume que, para agradar aos amigos, ele desobedecia aos pais, mas que toda essa atração por festas e drogas era uma tentativa de acabar com a angústia que sentia: “um momento que me marcou muito foi quando cheguei em casa drogado e minha mãe falou que não tinha sido aquilo que eles tinham me ensinado, mas os caminhos de Deus”.
Francisco conta que ele e a esposa perseveravam nos propósitos de fé pela família realizados na Universal. Eles escreviam o nome dos filhos e colocavam no Altar representando a entrega da vida deles a Deus: “muitas pessoas desprezam isso, mas os propósitos são muito importantes. Deus não esquece o nome que colocamos no Altar. Sempre cremos na Palavra que diz: ‘eu e minha casa serviremos ao Senhor’”.
Enquanto os pais perseveravam crendo na vitória pela fé, dentro dos filhos a mudança começou a acontecer.
“Um dia minha mãe, mais uma vez, me chamou para ir a Igreja. Vi aquele convite como uma oportunidade de voltar e a agarrei com todas as forças. Foi a partir dali que dei início à mudança da minha vida, pois comecei a refletir que, se eu me entregasse para Deus, aquele vazio que eu sentia poderia sair de uma vez por todas. E foi o que aconteceu”, relata Fabrício
Fabrício passou a frequentar os encontros do grupo Força Jovem Universal, foi batizado nas águas e, um tempo depois, foi batizado com o Espírito Santo.
Fogueira Santa: na hora certa
Mas ainda faltava a mudança de Erick. Ele até voltou a frequentar a Universal, mas não se firmava na fé e, da segunda vez em que se afastou, viveu sua pior fase, segundo seu pai.
Nessa época teve início uma campanha de fé da Fogueira Santa. O pedido de Evanilda era seu sonho de mãe: “eu passava as noites sem conseguir dormir, sem saber onde meu filho estava e falava para Deus que eu tinha tudo, mas faltava a tranquilidade de ter meu filho em casa. Naquela Fogueira Santa pedi que meu filho se tornasse um homem de Deus”.
Já Erick relata: “eu não demonstrava, mas sentia um vazio tão grande dentro de mim que houve um momento em que pensei em suicídio. Aí comecei a observar a felicidade que meu pais tinham e eu queria conhecer aquela verdadeira felicidade e ter aquela estrutura que eles tinham de vencer todos os obstáculos. Lembro que todos os dias eu orava pedindo a Deus que guiasse meus caminhos”.
Francisco ressalta que tudo aconteceu na hora certa em relação aos filhos: “Deus não se atrasa. Ele faz na hora certa e foi tão misericordioso que apenas uma semana depois do Fabrício voltar para a Igreja seu amigo foi preso por envolvimento em um assalto. Se ele não tivesse voltado para Deus naquele momento, com certeza também estaria no assalto. Fazemos o voto e temos que confiar. Nossos olhos não veem o resultado na hora, mas Deus está trabalhando”.
Hoje, com o Espírito Santo, Erick pode afirmar que sua alegria não é mais baseada em momentos, como no passado, e que a mesma convicção de fé e paz que observava em seus pais também possui atualmente.
“Mesmo que eu tenha ignorado isso muitas vezes, se meus pais não tivessem lutado por mim, eu tenho certeza que hoje não estaria aqui”, conclui.