Médico se recusa a usar pronomes transgêneros e caso vai parar na Justiça
Na Inglaterra, o profissional de saúde defende seus princípios cristãos
Após se recusar a chamar um homem de “senhora”, o médico cristão britânico, David Mackereth foi demitido e o caso foi parar na Justiça.
Com 26 anos de experiência, David Mackereth era assessor médico do Departamento de Trabalho e Pensões (DWP) e se recusava a chamar os pacientes por pronomes escolhidos por eles, independentemente do sexo biológico. A sua decisão está inteiramente ligada aos seus princípios cristãos.
No entanto, o médico contestou a sua demissão, mas um juiz britânico disse que as crenças dele sobre gênero não eram “dignas de respeito em uma sociedade democrática” e eram “incompatíveis com a dignidade humana”.
“Fomos criados homem e mulher”
Ao defender que Deus criou homem e mulher, de acordo com as Escrituras Sagradas de Gênesis 1.27, o Tribunal do Trabalho afirmou que isso “não passava de mera opinião” e que suas crenças não estavam protegidas pela Lei de Igualdade de 2010.
“Este foi um julgamento surpreendente e que, se mantido, terá consequências sísmicas não apenas para o Serviço Nacional de Saúde e para os cristãos, mas para qualquer pessoa no local de trabalho que esteja preparada para acreditar e dizer que fomos criados homem e mulher”, argumentou Andrea Williams, executiva-chefe da organização Christian Legal Centre, responsável pela defesa do médico.
E continuou: “O ensino de Gênesis 1:27 é repetido em toda a Bíblia, inclusive pelo próprio Jesus Cristo. É fundamental para estabelecer a dignidade de cada pessoa, mas está, em uma ironia bizarra, sendo tachado de incompatível com essa dignidade”.
Novo julgamento
Sendo assim, Mackereth entrou com recurso contra a decisão do juiz, mais uma vez, e será ouvido pela Justiça nos dias 28 e 29 de março, deste ano.
“O julgamento de dois anos atrás disse aos cristãos ‘você tem que acreditar na ideologia transgênero’. Isso é totalitarismo. Isso fez com que o cristianismo não fosse nada, a Bíblia não fosse nada. Isso não pode ficar de pé”, defendeu o médico.
Em depoimento ao Canal do Youtube da Christian Concern ele disse ainda que os médicos eram forçados a afirmar a ideologia transgênero de uma forma “coercitiva e ameaçadora”.
“Nenhum médico, pesquisador ou filósofo pode demonstrar ou provar que uma pessoa pode mudar de sexo. Se vamos dizer aos pacientes que eles precisam ‘seguir a ciência’, então não devemos dizer a eles que eles podem mudar de sexo”, destacou Mackereth.
Irresponsável e desonesto
Contudo, ele fez questão de destacar que o seu intuito não era constranger as pessoas transgêneros. Mas, como um profissional da saúde considera irresponsável e desonesto encorajar esse pensamento em um paciente.
“Como cristãos, não estamos tentando ser indelicados com as pessoas de forma alguma. Como cristãos, somos chamados a amar todas as pessoas com amor cristão. Mas não podemos amar as pessoas verdadeiramente quando vivemos e disseminamos uma mentira”, afirmou.