Moradores de rua da cidade de São Paulo recebem carinho e atenção

Grupo Anjos da Madrugada doou refeições, banho quente e roupas limpas. Veja

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O número de pessoas em situação de rua na cidade de São Paulo cresceu de 24.344 em 2019 para 31.884 em 2021 — equivalente a aumento de 31%. Os dados foram revelados pela prefeitura e fazem parte do Censo da População de Rua, realizado pela empresa Qualitest Ciência e Tecnologia junto à Smads (Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social).

O número de “moradias improvisadas” (barracas) mais do que triplicou no período, saindo de 2.051 para 6.778 pontos. Também cresceu a quantidade de entrevistados que revelaram ter a companhia de alguma pessoa da família em situação de rua — de 20% dos entrevistados em 2019 para 28,6% em 2021.

Os analistas do estudo acreditam que a piora dos dois indicadores reforça que mais famílias passaram a morar nas ruas de São Paulo, provalmente por questões econômicas. Entre os entrevistados, 28,4% justificaram estar em situação de rua por conta da perda do trabalho e da renda. Os conflitos familiares (34,7%) e dependência de drogas (29,5%) vieram acima entre os principais motivos citados.

Apoio necessário

Ciente da necessidade de quem vive em situação de rua, o grupo Anjos da Madrugada do Templo de Salomão realizou na última terça-feira (18) uma ação social para dezenas de moradores de rua da cidade de São Paulo. O grupo passou pela estação Armênia do metrô, zona norte da capital paulista, oferecendo corte de cabelo, refeição, banho quente, roupas limpas e atendimento espiritual.

“Nosso objetivo é dar a atenção e o apoio que eles tanto precisam. Mas o principal é a mensagem de fé e esperança que eles recebem por meio da Palavra de Deus. Só através dela uma vida pode ser totalmente restaurada. Todos têm a oportunidade de recomeçar aliados com o Senhor”, afirma o Pastor Willian Ribeiro, responsável pelo grupo.

No total, 100 pessoas foram atendidas. Uma delas foi Douglas Santos, de 32 anos, que há alguns vive nas ruas, preso aos vícios. “Eu era firme na igreja, mas após a perda do meu filho fiquei desanimado, triste e saí da igreja e me entreguei aos vícios. A ação do Anjos da Madruga me ajudou muito, saí satisfeito com a palavra de ânimo que ouvi e sei que através das minhas novas escolhas, dias melhores virão. Sou grato pelo carinho e pela atenção”, disse.

Prazer em ajudar o próximo

Mais de 50 voluntários fizeram a ação acontecer. Cada uma delas superou algum grave problema por meio da fé e hoje pode ajudar o próximo a vencer.

Um destes integrantes é o militar Edilson Corrêa da Silva, de 46 anos, que faz parte do grupo há 10 anos. Antes de conhecer o Senhor Jesus, ele chegou a morar nas ruas e ser viciado.

“Eu ficava perambulando pelas ruas, depressivo e desnorteado, sem nenhuma perspectiva. Assim como um dia me estenderam a mão e houve solução para a minha vida, hoje meu maior prazer é fazer o mesmo pelo meu próximo. Cada semana que ouço os sofridos, compartilho meu testemunho e dou um abraço em cada um deles, eles se sentem acolhidos”, relata.

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Colaborador

Rafaella Rizzo / Fotos: Cedidas