Desde a minha conversão, o senso de conhecer e fazer a vontade de Deus me consumia todo o tempo. Vez por outra caía na tentação e omitia a vontade dEle em razão da minha. Essa guerra era contínua e quase insuportável. Tal conflito íntimo parece pautar a vida de todos os nascidos do Espírito.

A vantagem dos que vivem no reino das trevas é que eles não têm esses conflitos na consciência. Tais servos do senhor das trevas não estão nem aí para o que é certo ou errado. Seguem suas próprias leis. Vale tudo. Vivem na dependência dos princípios egoístas da natureza humana. As inclinações da carne sempre prevalecem. Ninguém é de ninguém. Justiça, respeito e amor ao próximo são valores, desde que não interfiram na realização do ambicioso desejo pessoal a qualquer preço, o que torna este mundo um pedacinho do inferno.

Como mudar a corrupção da natureza humana? Como transformar o genioso, violento e iracundo, por exemplo, numa criatura calma, serena e comedida? Do ponto de vista humano é impossível. Religiões, doutrinas, conselhos, remédios ou quaisquer tratamentos são desperdício de tempo.

Só mesmo passando pelo processo do novo nascimento, o Milagre dos milagres, é possível viver a fé cristã. A partir de então, a consciência de se viver o padrão bíblico e fazer a vontade de Deus, cobrados pelo Trono de Justiça, são atendidos.

Obviamente, o mesmo poder do Espírito que gera filhos de Deus opera tal comportamento diferenciado. Mas se não opera, deve-se à ausência do Espírito Santo.

Então, vereis outra vez a diferença entre o justo e o perverso, entre o que serve a Deus e o que não O serve. Malaquias 3.18

Contudo, os anseios, os sonhos e os projetos pessoais dos justos, isto é, dos nascidos do Espírito, tornam-se os mesmos do Pai Eterno, já que ambos são Um no Espírito (I Coríntios 6.17).
Principal característica dos nascidos da água e do Espírito.