UNP promove cursos em presídios da Bahia

Internos recebem aulas gratuitas de corte e costura e de design de cabelo

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Recentemente, voluntários do grupo Universal nos Presídios (UNP) da Bahia iniciaram as aulas de corte e costura para os internos do Conjunto Penal Simões Filho. A iniciativa visa oferecer uma nova oportunidade de vida a eles e dar-lhes as ferramentas necessárias para construir um novo futuro depois de cumprirem sua pena.
Em conversa com alguns voluntários da UNP, um reeducando relatou que “o curso será uma oportunidade para aprender algo novo, uma profissão para, quando ganhar a tão sonhada liberdade, poder trabalhar e buscar o sustento da família de forma digna”.
O diretor do complexo, doutor Victor Hugo, enalteceu a iniciativa do UNP que, por meio da parceria com a Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização, proporciona uma alternativa para que os internos aproveitem melhor o seu tempo. Além disso, destacou que a participação nas aulas pode resultar na redução do período de pena deles.
Já no Conjunto Penal de Lauro de Freitas, na região metropolitana de Salvador, capital do Estado, internos participam do curso de design de cabelo.
Além de aprenderem como analisar o fio de cabelo, o couro cabeludo e colorimetria capilar, também terão aulas práticas. Durante o curso, também aprenderão sobre visagismo (usado para valorizar a beleza do rosto e a harmonia entre maquiagem e penteado).

Talentos escondidos
O voluntário e professor Rafael Cerqueira destacou que essa iniciativa descobrirá vários talentos. “Nós acreditamos nesses detentos. Eles estão presos porque erraram e vão pagar pelo que fizeram, mas vão sair completamente diferentes. A UNP veio para multiplicar talentos, pois aqui há muitos escondidos em pessoas que estão dispostas a aprender e que só querem uma oportunidade.”
Para o responsável pelo trabalho da UNP no Estado, o Pastor Márcio Silva, todos ganham. “Os presos ganham com a oportunidade de terem uma profissão e um futuro digno. A família também, pois terá um familiar transformado. O Estado ganha com mais profissionais qualificados e dispostos a não viverem mais no mundo do crime”, finalizou.

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Redação / Fotos: Cedidas