Um alerta para o câncer de mama
De cada oito mulheres no mundo que viverem até os 75 anos, uma terá o diagnóstico da doença. Saiba como preveni-la
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o câncer de mama afetará cerca de 86 mil mulheres brasileiras ainda neste ano. O alerta do American Cancer Society é de que de cada oito mulheres no mundo que viverem até os 75 anos uma receberá o diagnóstico da doença.
O problema, que atingia mais frequentemente mulheres a partir dos 50 anos, tem afetado também as com menos de 35 anos. A incidência da doença em mulheres abaixo dessa idade fica, hoje, em 4% a 5% dos casos. Apesar de ser raro entre os homens, ele também os atinge: a cada 100 pacientes diagnosticados com a doença, um é do sexo masculino.
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), os principais tipos de câncer de mama são o carcinoma ductal, que tem origem nos ductos mamários e é considerado o mais comum por representar cerca de 80% dos casos; e o carcinoma lobular, que se inicia nos lóbulos, responsáveis pela produção do leite materno, e equivale a cerca de 5% a 10% dos casos.
Sintomas
O câncer de mama, na maioria das vezes, pode ser percebido pela mulher na fase inicial. Entre os principais sinais estão alterações que podem ser notadas ao observar ou apalpar a mama. A presença de nódulos (ou caroços) é a principal manifestação da doença e eles estão presentes em cerca de 90% dos casos, quando o câncer é percebido pela própria mulher. Outro sintoma é que a pele da mama fica normalmente avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja. Pode haver também alterações no bico do peito (mamilo) e pequenos nódulos nas axilas ou no pescoço. Outro sinal de alerta é a saída de secreção anormal das mamas. Esses sinais e sintomas devem sempre ser investigados, mas podem estar relacionados também a doenças benignas. Por isso, é importante que toda mulher observe qualquer alteração nas mamas e suspeite se houver alguma dessas características.
Ela não duvidou da cura
Alice Missae, de 53 anos (foto a esq.), descobriu a doença ao fazer exames de rotina. O tumor na mama esquerda tinha aproximadamente 1,5 centímetro de diâmetro, estava enraizado e, por isso, poderia comprometer partes vitais de todo o organismo dela. Apenas com uma cirurgia seria possível saber a dimensão do problema. No entanto, dependendo do que encontrasse, o médico teria de retirar a mama inteira e providenciar uma prótese. Ela também teria de ficar sem a mama direita, para minimizar os riscos de que fosse atingida futuramente.
Alice seguiu todas as orientações médicas e marcou a cirurgia. Mas ficou confiante em Deus e frequentou as Reuniões de Cura da Universal. Durante o procedimento, os médicos não encontraram o tumor da forma que apareceu nos exames. Em vez de ser um tumor com raiz, ele estava pronto para ser retirado e não havia atingido outros órgãos. “O médico se dirigiu à minha irmã, que me acompanhava, e disse que a operação tinha sido um sucesso, pois o nódulo estava solto, ele o removeu e fechou o corte”, diz.
Seus exames posteriores não apresentaram mais nenhuma alteração. A junta médica se surpreendeu com o fato de sua recuperação ter sido tão rápida. “Venci o câncer de mama porque não duvidei de Deus”, completa.
Diagnóstico
Dentre os exames de diagnóstico está a mamografia. Ela deve começar a ser feita anualmente a partir dos 40 anos. Outro exame específico é a ultrassonografia, que avalia a forma e a consistência das mamas e ajuda a diferenciar os nódulos sólidos dos cistos comuns. A ressonância nuclear magnética também é recomendada. Pode ser uma análise complementar aos outros exames.
Quando há suspeita de malignidade, é necessária a confirmação por meio de biópsia, que consiste na retirada de um pedaço do nódulo suspeito ou do nódulo inteiro.
O tratamento pode ser realizado com dois tipos de procedimento: o local, composto por cirurgia e radioterapia; e o sistêmico, que inclui quimioterapia, hormonioterapia e tratamento com anticorpos.
Outubro Rosa
A campanha Outubro Rosa tem o objetivo de conscientizar para a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama. A campanha do Inca, cujo tema é Câncer de mama: vamos falar sobre isso?, enfatiza que é fundamental que as mulheres conheçam suas mamas, fiquem atentas às alterações e realizem a mamografia pelo menos a cada dois anos, principalmente as com idade entre 50 e 69 anos.
É importante saber que o Sistema Único de Saúde (SUS) garante a gratuidade da mamografia em todas as faixas etárias. Para saber o local próximo de sua casa que a oferece, procure a Unidade Básica de Saúde (UBS) de sua cidade e informe-se.
Fatores de risco
- Primeira menstruação (menarca) antes de 12 anos
- Menopausa após os 55 anos
- Nunca ter gerado filhos
- Primeira gravidez depois dos 30 anos
- Não ter amamentado
- Uso de contraceptivos orais (estrogênio-progesterona)
- Uso de terapia de reposição hormonal
- Exposição a radiações ionizantes, como as utilizadas na radioterapia e em exames de imagem (raios X,
- tomografia computadorizada e mamografia)
- Sobrepeso e obesidade, especialmente na pós-menopausa
- Consumo de bebidas alcoólicas
- Inatividade física
- Hereditariedade: história de câncer de mama em parente de primeiro grau, especialmente antes dos 50 anos; história de câncer de mama bilateral ou câncer de ovário em parente de primeiro grau, em qualquer idade; ou histórico familiar de câncer de mama masculino