O dia 20 de outubro é lembrado pelo Dia Mundial de Combate ao Bullying. Esta data é importante para a conscientização, prevenção e enfrentamento desse problema que atinge crianças e adolescentes no mundo todo, afetando a saúde física, a saúde mental e também o desenvolvimento comportamental e educacional de um jovem.

De acordo com o levantamento realizado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), desde 2007, início da pesquisa, o crescimento do número de registros de casos de bullying são contínuos. Entre 2021 e 2023, a marca de 100 mil documentos de denúncia emitidos foi ultrapassada todos os anos.

O que define bullying:

O bullying é todo ato de violência física, verbal ou psicológica, intencional e repetitivo, isolada ou grupo, com o objetivo de intimidar ou agredir a vítima. Tais agressões caracterizam um quadro de perseguição capaz de humilhar e traumatizar a vítima. Pois, geralmente, o indivíduo é exposto e ridicularizado por apelidos vexatórios. Ou, até mesmo, sofre com agressões baseadas em suas características físicas, seus hábitos ou maneira de ser.

É uma prática comumente vista em ambientes de convívio social, como as escolas. Porém, atualmente, o ato também tem ganhado força em áreas virtuais onde há interação entre seus usuários, a exemplo das redes sociais. Desta forma, para a violência na internet se dá o nome de cyberbullying.

No Código Penal Brasileiro:

Pensando na saúde e proteção à integridade de crianças e adolescentes, o bullying foi criminalizado após o ato ser inserido no Código Penal.

A Lei 14.811, sancionada em 15 de janeiro de 2024, prevê a reclusão de 2 a 4 anos dos autores de quaisquer práticas de agressão física, verbal ou psicológica grave de natureza temporária, além de multa. Se menor, o agressor sofrerá sanções disciplinares estabelecidas pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

Como podemos agir:

No âmbito escolar, assim como descrito na Lei nº 13.185/2015, que instituiu o Programa de Combate à Intimidação Sistemática, um caminho a seguir é o de capacitar os docentes e as equipes pedagógicas para a implementação das ações de discussão, prevenção, orientação e solução do problema.

Entretanto, vale ressaltar também que, a fim de prevenir e combater o bullying e a violência na escola, ou em qualquer ambiente onde as crianças e os adolescentes se encontrem, propostas e ações são de responsabilidade de toda a sociedade. Além disso, os adultos devem estar preparados para lidar com esta situação. Professores, profissionais da educação, pais, responsáveis por grupos de atividades, todos devem ser um porto seguro para os jovens.

“Stop Bullying!”:

Conscientização e educação podem evitar a prática do bullying. O Stop Bullying!, inciativa do projeto EducAção em parceria com o programa Força Teen Universal (FTU), é um dos meios que busca promover a boa convivência e o entendimento a respeito da prática e efeitos do bullying nas escolas.

Por meio de palestras e um bate-papo descontraído, o Stop Bullying! apresenta, diariamente, a milhares de crianças e adolescentes de instituições de ensino público e privado de todo o País, importantes aprendizados. De como superar o trauma de ser vítima de bullying, e como superar conflitos internos e não se tornar um praticante de bullying.

O FTU atende adolescentes de 11 a 14 anos, fase considerada a dos maiores desafios no desenvolvimento deles. Durante as ações do grupo, além da transmissão de valores, os adolescentes recebem auxílio para descobrir novos talentos e desenvolver suas habilidades.

Ademais, você pode conferir as ações desta iniciativa e saber como inscrever a sua escola nas palestras, acessando: instagram.com/educaacao.brasil. E para conhecer e fazer parte do FTU, visite a Universal mais próxima de você e fale com o responsável pelo grupo.