Mentiras no ar
Em seus conteúdos, Globo faz ataque claro aos evangélicos, o que revela preconceito e perseguição a esse segmento de público
Uma emissora que busca lutar pela igualdade de raça, gênero e classe. Essa é a imagem que o Grupo Globo tenta passar aos telespectadores em suas novelas, jornais e programas de entretenimento. Mas é só prestar um pouco de atenção para entender que tudo não passa de fachada para conquistar audiência. Isso porque quando se fala do público evangélico essa premissa não se cumpre.
Citaremos a seguir apenas dois dos milhares de fatos que acontecem com frequência e que mostram isso escancaradamente.
Recentemente, uma reportagem da jornalista Suzana Naspolini insinuou que as crianças das escolas da rede pública do Rio de Janeiro mal sabem escrever ao mostrar um caderno em que aparecem, em letras grandes, palavras com grafia errada, como feliz com “s”, casa com “z” e escola com “x”. Ela estava na escola municipal Heitor Beltrão, em Parada de Lucas, na capital carioca. Só que a Globo não contou que o texto com esses erros foi escrito pela própria repórter.
Então, a prefeitura da cidade divulgou uma nota oficial informando que entrará com uma ação judicial contra a emissora por ter exibido essa “matéria mentirosa e manipulada”. A prefeitura diz que não tem dúvidas de que a intenção da jornalista e da emissora foi induzir o público a acreditar que na referida escola não há ensino de qualidade.
Além disso, a prefeitura lembra que a mesma escola alcançou nota 5,5 no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 2017.
A média é semelhante à nacional das escolas do ensino fundamental do primeiro segmento, que é de 5,8; e à municipal, de 5,7.
Em vídeo produzido pela prefeitura, mães, alunos e profissionais da escola desmentiram a repórter e se mostraram indignados com o ocorrido e com a imagem distorcida que foi veiculada.
Vivian de Jesus, mãe de um aluno, conta como a gravação aconteceu: “a Suzana Naspolini pegou o ‘piloto’ (um tipo de caneta) e escreveu no caderno enquanto fazia a reunião de pauta com o pessoal e falava o que ela ia fazer na reportagem. Eu a questionei a respeito do bilhete escrito errado no caderno porque achei aquilo um insulto muito grande. Ela chacoalhou o ombro para mim e disse: ‘não posso agradar a todo mundo’”.
Perseguição escancarada
Por que expor as crianças de maneira covarde? A resposta é óbvia: a Globo promove uma campanha intensa contra o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella. Isso porque ele tem trazido à tona muitos fatos que envolvem a emissora, como, por exemplo, o de ter pedido à Câmara de Vereadores da cidade para abrir a CPI da “Mama Jato” – termo criado por ele –, com o objetivo de investigar as denúncias de favorecimento a empresas do Grupo Globo. Além disso, ele não tem beneficiado a emissora como fizeram muitos de seus antecessores.
Aliás, hoje beneficia de forma justa, de acordo com sua audiência que, diga-se de passagem, vem diminuindo já há algum tempo. A razão de toda essa crítica é porque Crivella é evangélico e faz parte de um segmento de público que costuma ser alvo de matérias tendenciosas e mentirosas.
Ironia e desrespeito
Ainda sobre os ataques da Globo, é importante destacar uma piada que o programa Tá no Ar: a TV na TV fez contra os evangélicos. Um quadro mostrou uma sátira às igrejas evangélicas pelo fato de transmitir programas relacionados à fé na TV.
O quadro denominado Galinha Convertidinha – em alusão ao desenho infantil Galinha Pintadinha – fazia severas críticas às denominações neopentecostais com paródias de cantigas infantis. Na esquete, a personagem usava saia, camisa, óculos e um coque e cantava a canção: “Ir pro inferno é fogo/A verdade é Universal/Cuidado com a hora do Juízo Final”.
Também aparecia o personagem Ovelhinha de Jesus, acompanhada do jingle: “Joaquim tava incorporado/ Recebeu um santo/Credo, tá amarrado!/Foi meu pastor que disse assim/Fora desse corpo seu exu mirim”.
Onde está o respeito?
Infelizmente, a perseguição à fé cristã costuma estar nos veículos da Globo. Com base nisso, onde está o respeito à liberdade religiosa que ela tanto defende em sua programação? Será que ela só vale para os outros, mas não para os cristãos evangélicos?
É preciso ressaltar que, segundo o Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 1980, os evangélicos representavam 6,6% da população. Depois, no Censo de 2010, a porcentagem já chegava a 22,2%. Neste ano, estima-se que esse número seja ainda maior.
Acreditamos que se não fosse a elevação desse percentual, a violência e outras ações criminosas no País seriam até piores. Esse crescimento, que influencia positivamente a sociedade, mostra que esse público é bastante significativo e que, por isso, ao contrário do que a Globo pensa, precisa ser mais respeitado.