31 de maio é o Dia Mundial sem Tabaco

Campanha no Brasil ganha enfoque especial de prevenção ao uso do cigarro eletrônico, principalmente entre os mais jovens

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31 de maio é o Dia Mundial sem Tabaco. A data, criada em 1987 pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para conscientizar sobre as doenças e mortes evitáveis relacionadas ao tabagismo, neste ano, ganha um enfoque especial no Brasil. O Ministério da Saúde e o Instituto Nacional de Câncer (INCA) lançaram uma campanha de prevenção ao uso de cigarros eletrônicos, em alerta sobre riscos e prejuízos causados pelo tabagismo, principalmente entre os mais jovens.

Entenda o motivo deste enfoque:

De acordo com a OMS, produtos como os cigarros eletrônicos, e informações enganosas da indústria do tabaco, são uma ameaça, levando a uma iniciação ao tabagismo cada vez mais precoce. Além disso, crianças e adolescentes que usam cigarros eletrônicos têm pelo menos duas vezes mais probabilidade de fumar cigarros mais tarde na vida.

  • Nos últimos anos vem crescendo o número de jovens fumantes no Brasil. A última Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), revelou que, em 2019, 16,8% dos escolares de 13 a 17 anos já haviam experimentado cigarro eletrônico.
  • Houve ainda aumento dos escolares de 13 a 17 anos que declararam o consumo de cigarros nos 30 dias anteriores à pesquisa. Subindo de 5,6% em 2013 para 6,8% em 2019. Os dados estão disponíveis no portal do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O quanto isso é prejudicial:

O princípio ativo do tabaco, a nicotina, é uma substância altamente viciante que se encontra em concentrações maiores nos cigarros eletrônicos.

  • Fumar a carga de um dispositivo deste pode equivaler a fumar 20 cigarros convencionais. Sem contar outras substâncias tóxicas que tornam as emissões prejudiciais tanto para quem fuma quanto para quem é exposto à fumaça.
  • Segundo o Ministério da Saúde, a nicotina causa dependência e pode afetar o desenvolvimento cerebral de crianças e adolescentes, impactando no aprendizado e na saúde mental. Ademais, o consumo de tabaco é um importante fator de risco para doenças cardiovasculares e respiratórias, mais de 20 tipos ou subtipos de câncer e outras condições debilitantes de saúde.

O vício tem cura:

Outro grave problema do consumo de cigarro comum e outros dispositivos é que não é raro encontrar casos de pessoas que se viciaram ainda na infância em drogas “lícitas” e, depois, acabaram experimentando novas substâncias ilícitas, se enveredando pelo mundo das drogas até alcançar o fundo do poço.

  • Assim como aconteceu com a jovem Melissa, que começou a fumar cigarro aos 11 anos de idade. Ela, que era uma criança exemplar na escola e em casa, acabou se tornando viciada em vários outros tipos de drogas. E chegou, até mesmo, a ter nojo de si mesma.

Assista abaixo ao depoimento dela:

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Colaborador

Redação / Fotos: iStock