50% dos homens brasileiros já traíram, diz estudo

Saiba o que os filmes não mostram sobre o prejuízo de ceder a esta tentação

Imagem de capa - 50% dos homens brasileiros já traíram, diz estudo

A infidelidade está presente em uma série de músicas chiclete, filmes, novelas e livros. Por isso, não é de se estranhar que faça ou já tenha feito parte do cotidiano de várias pessoas.

De acordo com uma pesquisa de 2016, da psiquiatra Carmita Abdo – coordenadora do Projeto Sexualidade (ProSex) do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP – 50,5% dos homens admitem terem sido infiéis em seus relacionamentos. Entre as mulheres, a infidelidade foi admitida por 30,2%.

A traição é muito romantizada na nossa cultura e, normalmente, envolve adrenalina, paixão e sexo inebriante. Mas a realidade não é bem assim. Para o escritor e apresentador, Renato Cardoso, tudo isso não passa de ilusão.

“Ninguém conta o inferno que vem logo após a traição, do divórcio, [se há filhos] o que eles passam. Eu digo: não vale a pena. Se você está sendo tentado(a) a trair, vai pagar um preço altíssimo por algo que vai durar alguns minutos – se durar e se for bom”, afirma.

Um dos grandes benefícios da fidelidade é o sossego, a paz em sua vida e consciência limpa. “Não há nada melhor do que saber que não haverá amante mandando mensagens, lhe infernizando, ameaçando. Nada melhor do que ter paz com seu cônjuge e vocês dois desfrutarem de tudo o que tem direito dentro do casamento”, acrescenta.

Traí. O que fazer?

Se houve infidelidade é seu dever perdoar para não ficar escravo(a) do que aconteceu, alimentar mágoas e coisas que lhe prejudicarão. Mas continuar o relacionamento é uma escolha sua e, se decidir reconstruir o casamento, ambos terão de trabalhar juntos para isso.

O culpado terá de agir diferente para provar que houve uma mudança. É o preço a pagar por sua infidelidade. “Elimine o telefone secreto, não apague mais mensagens do celular, dê acesso aos e-mails e ao Facebook. Entre as coisas que não pertencem mais à sua realidade estão: sair e não falar aonde vai, ter momentos do dia em que o outro não sabe com quem ou onde está, segredos, esconder informações. Quando você é transparente passa a ser digno de confiança”, orienta Renato no livro Casamento Blindado.

O papel da vítima

Já a pessoa traída deve parar de lembrar o cônjuge sobre o passado, evitar alimentar desconfianças, não supor, nem tirar conclusões precipitadas. Se seu parceiro não mudar, você pode ter de avisá-lo que não haverá terceira chance, mas enquanto ele ou ela não prova o contrário, não fique retornando ao passado desnecessariamente. Se ela se comprometeu em mudar, não banque o detetive, investigando o que não há para ser investigado, nem insinue que ela ainda está lhe traindo.

“É muito irritante e frustrante tentar mudar e ver que o outro nunca acredita na mudança. É comum uma pessoa traída começar a ver coisas que não existem, mas seja racional, paranoias não resolvem. Enterre o passado e não volte para cuspir no túmulo. Esqueça e auxilie seu parceiro nessa reconstrução. É difícil? É, mas só assim vocês começarão a reconstruir a confiança perdida”, conclui.

Para mais lições sobre como lidar com as situações da vida amorosa, participe das palestras da Terapia do Amor. Ela acontece toda quinta-feira, às 10h, 15h e 20h, no Templo de Salomão. O endereço é Avenida Celso Garcia, 605, Brás, zona leste de São Paulo.

Você também pode ir a qualquer Universal. Encontre o endereço mais próximo de sua casa aqui.

imagem do author
Colaborador

Rafaella Rizzo / Fotos: Getty Images