7 dicas para não cair em golpes bancários e como se proteger

Clonagem do cartão de crédito ou troca de cartões são as fraudes mais comuns, citadas por 48% dos participantes de uma pesquisa

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Clonagem do cartão, golpe do Pix, do falso funcionário, troca de cartão no pagamento, golpe do motoboy, boleto alterado: a lista dos tipos de fraudes é cada vez maior. Hoje, um terço dos brasileiros já foi vítima de algum golpe financeiro, segundo mostra a pesquisa Febraban-Ipespe (Federação Brasileira de Bancos — Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas).

Saiba quais foram as fraudes mais citadas pelos participantes desse estudo.

Abaixo, aprenda a se proteger e a evitar armadilhas:

1. Clonagem do cartão de crédito ou troca do cartão

São os golpes mais citados, por 48% dos entrevistados.

  • No primeiro caso, o golpista faz uma cópia do cartão usado pela vítima em um caixa eletrônico ou em uma maquinha de pagamento, ou então a partir dos dados inseridos em sites de e-commerce; assim, ele consegue ter acesso à senha ou alterá-la, o que lhe permite a realização de diversas compras.
  • No segundo caso, em uma venda presencial, ou ao auxiliar a vítima no uso do caixa eletrônico, por exemplo, o golpista pega o cartão e, na hora da devolução, faz a troca muito rápida por outro, falsificado. Nas duas situações, quando o consumidor se dá conta do que aconteceu, o prejuízo já é grande.

Dica: na hora das compras presenciais, é preciso ficar atento e conferir se o cartão que lhe é devolvido é o mesmo que você entregou, além de ler se é mesmo o seu nome que está impresso. Se for possível, passe você mesmo o cartão na maquininha, em vez de entregá-lo a outra pessoa. Nos caixas eletrônicos, não aceite ajuda de desconhecidos; procure funcionários. Nas compras online, dê preferência ao uso do Pix ou dos cartões virtuais, que só podem ser usados uma vez.

2. Golpe do falso empréstimo

  • Organizações criminosas se passam por falsas instituições financeiras e oferecem empréstimos com ótimas condições para o consumidor, inclusive para quem está negativado. Depois que o interessado preenche o cadastro em um site falso, os bandidos entram em contato e pedem que ele assine um contrato, mas, sem que o usuário perceba, inserem cláusulas que preveem multas caso haja desistência. Para que o falso empréstimo seja liberado, os bandidos impõem o pagamento de taxas e impostos.

Dica: segundo a Febraban, não existe nenhum tipo de empréstimo em que a pessoa tem de fazer pagamento antecipado, nem mesmo de impostos, taxa de cadastro ou adiantamentos de parcelas. Esse esse tipo de abordagem é fraudulenta. Nas operações regulares de crédito, o cliente recebe o dinheiro e não precisa pagar nada na hora em que contrata o empréstimo.
É importante desconfiar de sites e propagandas de empresas que oferecem crédito com condições vantajosas demais. Sempre pesquise antes de fechar o contrato e verifique se a instituição tem autorização do Banco Central para oferecer empréstimos.

3. Golpe do Pix

  • O tipo de fraude mais comum que envolve o Pix ‘pega’ a vítima na hora em que ela vai cadastrar a chave: ela recebe do golpista uma mensagem ou email com um link para a página onde deve fazer esse cadastro. Quando acessa, são solicitados dados como nome, CPF, conta bancária e outros, mas se trata de um site falso, criado por golpistas, que, com essas informações, conseguem usar o dinheiro da conta de forma indevida.

Dica: antes de inserir qualquer informação bancária ou pessoal em um site aberto a partir de um link, sempre se certifique de que você está realmente na página verdadeira do seu banco.

4. Golpe da falsa central de atendimento

  • O fraudador se passa por funcionário do banco ou de outra empresa e entra em contato com a vítima, dizendo que a conta dela foi invadida, clonada ou teve algum outro problema. A partir daí, para solucionar o problema, solicita os dados pessoais e financeiros dela. Depois, pede que ela ligue para a central do banco, no número que aparece atrás do cartão, mas continua na linha para simular o atendimento da central e pede os dados da conta, dos cartões e, principalmente, a senha.

Dica: se receber esse tipo de contato, desconfie na hora. Desligue o telefone e entre em contato com a instituição pelos canais oficiais, de preferência usando o celular ou aplicativos móveis, para confirmar se algo realmente aconteceu com sua conta. Lembre-se de que nenhum banco liga para o cliente para pedir a senha ou o número do cartão, nem para pedir que realize uma transferência ou qualquer tipo de pagamento.

5. Golpe do falso motoboy

  • Nesse caso, alguém também se passa por funcionário do banco, telefona para o cliente e diz que o cartão dele foi fraudado. Para a segurança da vítima, o falso funcionário pede a ela que informe sua senha e, depois, corte seu cartão sem danificar o chip. Em seguida, diz que enviará um motoboy para retirar o cartão na casa do cliente. Logo, outro golpista aparece no endereço da vítima para buscá-lo. Mesmo cortado, o cartão com o chip intacto funciona normalmente, e os fraudadores podem utilizá-lo para fazer transações e roubar o dinheiro da vítima.

Dica: não acredite nesse tipo de ligação, pois os bancos nunca pedem o cartão de volta nem mandam portadores até sua casa para buscar cartões que devem ser inutilizados. Se você receber esse tipo de ligação ou visita, não entregue nada a ninguém e ligue imediatamente para o seu banco, de preferência de um celular, para saber se existe algum problema com a sua conta.

6. Geração de boleto modificado

  • Existem alguns programas online que foram criados para alterar códigos de barras de documentos, como boletos bancários, alerta o Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor). Por isso, o consumidor tem de redobrar a atenção ao receber um boleto por mensagem, email ou ao baixá-lo pela internet.

Dica: documentos falsificados costumam ser malfeitos. Faça uma leitura apurada do boleto bancário, verificando se existem erros de português e padrões de formatação suspeitos. Falhas no código de barras também podem indicar fraude. Em casos de contas essenciais, pagas com certa regularidade, a identificação de um boleto fraudulento pode ser feita com a simples comparação do documento atual com os anteriores.

Segundo o Idec, há, ainda, vírus que modificam a estrutura dos boletos no momento da impressão. Por isso, o ideal é sempre solicitar o envio do arquivo em PDF, formato mais difícil de ser adulterado.

7. Golpe do 0800 ou SMS

  • Os enganadores enviam um SMS à vítima em que dizem ter havido uma transação bancária de alto valor no cartão de crédito dela. Junto com a mensagem, vem um link que a pessoa deve acessar; ao clicar nele, é aberto no celular um aplicativo de chamadas, com um número 0800 na tela. Quando a vítima liga para esse número, do outro lado da linha uma falsa atendente informa que é representante do banco e pega os dados do cartão, que serão usados pelos golpistas.

Dica: como em outros golpes, duvide de mensagem suspeitas, evite clicar em links de origem desconhecida e lembre-se de que os bancos não solicitam essas informações por telefone. Desligue o telefone e entre em contato com o seu banco por um dos canais oficiais.

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Colaborador

R7 / Fotos: iStock