Mais de 90% das pessoas testadas em estudo com doses da vacina da farmacêutica chinesa Sinovac produziram anticorpos para o novo coronavírus, em um intervalo de 14 dias. Além disso, não foram observados efeitos colaterais que coloquem em risco o prosseguimento dos testes dessa vacina. O anúncio feito recentemente e se refere às fases 1 e 2 da pesquisa, realizadas na China, e pode pode significar um grande avanço na corrida em prol da cura da COVID-19.

As fases 1 e 2 do estudo foram feitas com 743 pessoas saudáveis de idades entre 18 e 59 anos. Agora, o estudo prevê ensaio clínico com nove mil voluntários a partir de julho desse ano, no Brasil. A farmacêutica responsável pelos testes da vacina, chamada de Coronovac, é a mesma que fechou parceria com o governo de São Paulo e o Instituto Butantan para a terceira fase de testes. O estado paulista foi escolhido por ainda ter transmissão comunitária ativa do vírus.

A Coronavac usa uma versão atenuada do vírus e está entre as cinco pesquisas chinesas que alcançaram o estágio de testes em humanos. Segundo a farmacêutica, as descobertas mais recentes serão publicadas em artigos científicos. Caso a imunização da vacina se mostre eficaz e segura, poderá ser fabricada no Brasil em parceria com o Instituto Butantã. E, disponibilizada a milhões de brasileiros, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), até junho de 2021.

Mais de 100 vacinas em estudo no mundo

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) há cerca de 136 candidatas a vacinas contra o novo coronavírus em estudos em todo o mundo. Mas, somente dez estão na fase de ensaio clínico, que permite testagem em humanos. Ademais, uma delas, também com testagem no Brasil, é a vacina desenvolvida em Oxford, que também está na terceira fase. Leia mais aqui.