A batalha contra o vício
Veja o importante papel do grupo "Vício Tem Cura" na sociedade quando o assunto é a luta contra os vícios e as drogas
O vício não é mais um problema só do adicto ou de sua família. Já tomou um proporção tão grande que afeta toda a sociedade. Hoje é o Dia Nacional de Combate às Drogas e ao Alcoolismo, uma data crucial para refletirmos sobre os efeitos devastadores do abuso de drogas e álcool. O principal objetivo da data é alertar a população sobre os perigos do vício e destacar a necessidade de ações preventivas.
Mas, mesmo que os governos se movimentem para combater este mal, cada vez mais pessoas sucumbem ao uso de entorpecentes. De acordo com o Relatório Mundial sobre Drogas 2024, publicado pelo Escritório sobre Drogas e Crimes das Nações Unidas (UNODC), mais de 292 milhões de pessoas consumiram algum tipo de droga ao longo de 2022. O número revela um aumento de 20% em dez anos.
O Governo Brasileiro também gasta uma fortuna anualmente para tentar mudar essa realidade. Só em 2022, foram investidos R$ 169,83 milhões para a rede de suporte social ao dependente químico: cuidados, prevenção e reinserção social. A distribuição das despesas do programa, por 16 estados, mostra que Minas Gerais tem o maior gasto, de R$ 3.716.736,00 ao ano. O estado é seguido por Paraná (com R$ 3.651.682,00) e Rio de Janeiro (com 1.926.758,00). São Paulo ocupa o 13º lugar (com R$ 200.000,00) e em último está o Pará, com R$ 100.000,00 anuais.
Vício tem Cura
Dessa forma o trabalho do grupo Vício Tem Cura se faz cada vez mais necessário. O trabalho é desenvolvido em reuniões abertas e encontros individuais, em todo o Brasil e em mais de 36 países. Os viciados em tratamento e seus respectivos familiares são acompanhados por uma equipe de voluntários.
O programa também promove eventos sociais em bairros, comunidades e na Cracolândia, com o intuito de levar ajuda humanitária, como doações de roupa, comida e água. Só em 2024 o total de dependentes químicos atendidos no Brasil foi de mais de 23 mil pessoas e no exterior ultrapassou 97 mil.
Depoimentos:
– Uma das pessoas que o projeto Vício tem Cura resgatou dos vícios neste período foi Carlos Alexandre Martins, de 42 anos. Ao se deixar levar por amigos começou a beber e aos poucos conheceu outras drogas. “Depois fui para o cigarro, para a pornografia, masturbação, prostituição, cocaína e o crack, que foi meu fundo de poço. Assim, fiquei escravo dos vícios por 24 anos. Perdi caráter, dignidade, casamento, a confiança da minha família. Já troquei cerca de 30 celulares por drogas, roupas e até um carro avaliado em R$35 mil”, lembra.
Ademais, como a maioria dos adictos, ele também não conseguia se manter em emprego algum. E quando conseguia algum dinheiro, tirava do sustento da casa para manter a dependência, o que gerava muitas brigas e discussões. Até o dia em que sua mãe conheceu o grupo por meio da programação na tevê. “Ela me levou para a reunião e eu aprendi que minha vida poderia mudar se eu colocasse em prática a Palavra e as orientações que saíam do Altar, e foi o que eu fiz. Já estou há 1 ano e dois meses limpo de todos os vícios, me tornei uma pessoa temente a Deus, com caráter, responsável. Reconquistei a confiança da minha família, sou trabalhador e tenho muita vontade de viver para glorificar ao Senhor e ajudar a ganhar almas nesse projeto”, afirma.
Recuperado:
Outra pessoa que não traz mais problemas para a sociedade é Luiz Alberto, de 48 anos. Ele não conheceu o pai, sua mãe tinha um bar, então começou a beber muito jovem. “Depois conheci a cocaína, jogo do bicho, casas de prostituição e não conseguia mais largar. Troquei minha família por tudo isso, vivia para a droga. Já aconteceu de eu sair para comprar pão, que alimentaria meus filhos, e ir comprar droga, voltando só no dia seguinte. Já vendi ferramentas que usava no trabalho para poder comprar droga, tive início de overdose, vivi 12 anos dessa forma”, relembra.
A esposa já conhecia o grupo e decidiu lutar pelo marido. Não demorou muito para chegar o momento em que “sua ficha caiu”. “Sabia que se eu morresse como estava eu iria para o inferno e estava cansado de sofrer. Aceitei o convite da minha esposa para participar da reunião e decidi me entregar completamente a Deus, obedecer a Palavra. Hoje tenho paz, durmo bem, sou feliz de verdade e estou curado há dois meses”, conta.
Saiba mais:
Veja as atividades do grupo acessando as redes sociais oficiais Instagram, Facebook e YouTube.
Além disso, participe das reuniões que acontecem em todo o Brasil, aos domingos, às 15h. Veja os endereços aqui.